Cidade do México, 03 jul (RV) - As migrações, seu impacto nas famílias, políticas
migratórias respeitosas da dignidade humana e a defesa da vida do migrante: esses
foram os temas do encontro que reuniu bispos da América Central, México, EUA e Canadá,
em Tecún Umán, na fronteira entre México e Guatemala.
Representando o Vaticano,
estava presente o presidente do Pontifício Conselho da Pastoral para os Migrantes
e os Itinerantes, Dom Agostino Marchetto. De todos os países da área, compareceram
sacerdotes, religiosas, leigas e leigos engajados na Pastoral dos Migrantes.
No
comunicado conclusivo, os bispos confirmaram que o debate se concentrou nos milhares
de migrantes que buscam um futuro melhor para suas famílias, em fuga da pobreza de
seus países. E esclareceram que o termo "migrante" inclui refugiados, desalojados
e trabalhadores sazonais.
"A crise econômica global atingiu todas as nações
e deve ser considerada na avaliação dos problemas migratórios; não há tempo a perder."
Para os bispos, se deve prestar grande atenção aos esquadrões do crime organizado,
principalmente os envolvidos em tráfico de drogas que, em muitos casos, agem impunemente.
Outro
problema analisado foi o impacto das migrações sobre a unidade familiar. Os participantes
constataram que em muitas paróquias, os migrantes não são acolhidos e assistidos como
irmãos de fé e membros da mesma família. E insistiram que "na Igreja, ninguém é estrangeiro",
convidando as comunidades a receberem os migrantes com mais amor e solicitude.
Enfim,
o manifesto dos bispos agradece àqueles que, com esforço e dedicação, servem os migrantes
em casas de acolhida e paróquias, ou os hospedam em seus lares: "Essas pessoas – concluem
– demonstram sua coerência cristã e reforçam a Pastoral dos Migrantes como missão
específica da Igreja." (CM)