2009-07-02 16:32:02

ANISTIA DIZ QUE ISRAEL DESTRUIU GAZA "CRUELMENTE"


Jerusalém, 02 jul (RV) - A Anistia Internacional (AI) disse, nesta quinta-feira, que Israel praticou a "destruição cruel" da Faixa de Gaza, em ataques que frequentemente tinham como alvos civis palestinos, durante uma ofensiva em dezembro e janeiro passados, contra a área controlada pelo grupo militante Hamas.

A organização de defesa dos direitos humanos sediada em Londres também criticou o Hamas − num relatório de 177 páginas sobre os 22 dias de conflito − por ter disparado foguetes contra Israel, no que classificou de "crimes de guerra."

Entre outras conclusões, a AI afirma não ter encontrado evidências que apoiem as acusações israelenses de que os guerrilheiros em Gaza, tenham usado civis como "escudos humanos". A entidade diz, no entanto, que há evidências de maus-tratos contra civis palestinos por parte de soldados israelenses.

A Anistia Internacional diz ainda, em seu relatório, que cerca de 1.400 palestinos foram mortos na operação militar israelense, incluindo 300 crianças e centenas de civis inocentes. Esse número está amplamente em linha com os divulgados pelo Ministério da Saúde em Gaza, controlado pelo Hamas e pela organização independente Centro Palestino de Direitos Humanos.

O exército israelense afirma que morreram 1.166 palestinos, 295 dos quais, eram civis. Treze israelenses foram mortos, incluindo três civis, durante a ofensiva lançada por Israel, com o objetivo declarado de pôr fim ao lançamento de foguetes.

Ao acusar Israel de "violar as leis da guerra", a Anistia afirma: "A maior parte da destruição foi cruel e deliberada, e foi promovida de maneira e em circunstâncias tais, que não possa ser justificada do ponto de vista da necessidade militar."

Comentando as acusações da Anistia, o exército israelense declarou ter atuado de acordo com o Direito Internacional. Os militares acrescentaram ainda, que o documento ignora os "esforços feitos pelas forças israelenses de defesa, para minimizar o máximo possível, o sofrimento dos não combatentes".

"Em muitos casos, as forças de defesa israelenses atuaram medidas de cautela, incluindo alertas à população civil antes dos ataques" – informou o exército. "As forças israelenses de defesa direcionaram seus ataques somente contra alvos militares."

Já um porta-voz do Hamas disse que o relatório da Anistia não dá ênfase o bastante, para os "crimes cometidos por Israel". "Esse relatório – disse ele – coloca no mesmo plano o agressor e vítima, ignorando as normas internacionais que garantem o direito à resistência contra a ocupação." (AF)







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