ROMA RECORDA IMIGRANTES MORTOS EM "VIAGENS DA ESPERANÇA"
Roma, 26 jun (RV) - O Presidente do Pontifício Conselho para os Migrantes e
os Itinerantes, Dom Antonio Maria Vegliò, presidiu a uma vigília de oração, nesta
quinta-feira, na Igreja de Santa Maria in Trastevere, em Roma, em recordação
das pessoas que perderam a vida viajando por terra ou mar, rumo à esperança.
O
arcebispo invocou uma acolhida mais "calorosa", um "novo limiar" para todos os imigrantes
que deixam para trás pobreza, guerras e violências em seus países.
"Recordamos
com amor e dor, aqueles que morreram na esperança de alcançar terras mais hospitaleiras.
Rezemos de modo especial por aqueles que, neste momento, estão em viagem e esperam
começar uma nova vida, em outro país. Para que vislumbrem uma nova bonança" – disse
Dom Vegliò, recordando as palavras de Bento XVI, no último domingo, durante sua visita
a San Giovanni Rotondo, quando afirmou que "acolher é um dever".
"Morrer de
esperança" foi o título da vigília inspirada no Dia Mundial da ONU para Refugiados,
e promovida pela comunidade romana de Santo Egídio e outras organizações católicas.
Parentes e amigos de homens, mulheres e crianças mortos enquanto buscavam
um "refúgio mais seguro" lotaram a Igreja de Santa Maria in Trastevere.
"Em
nosso mundo – observou ainda Dom Vegliò – muita gente corre o risco de que o barco
de sua vida naufrague em meio a tempestades como a das guerras que, há décadas, devastam
o Afeganistão, Sri Lanka, a Somália, a Eritréia ou o Congo. Desses cinco países, provém
mais da metade dos refugiados que chegam à Itália."
Na conclusão da oração
inter-religiosa, foi distribuída a todos, uma representação da Arca de Noé. "Que o
Senhor faça com que nossos ricos países se transformem na salvação para homens, mulheres
e crianças que sofrem com a guerra, a violência, calamidades naturais e fome" – enfatizou
o arcebispo. (CM)