San Giovanni Rotondo, 21 jun (RV) - Na tarde deste domingo, em San Giovanni
Rotondo, o Santo Padre se encontrou com os doentes, os médicos, os enfermeiros e os
dirigentes da "Casa Alívio do Sofrimento", no átrio da instituição.
Em sua
saudação, o papa recordou que, todas as vezes que entramos em uma estrutura médica,
naturalmente nos interrogamos sobre o mistério da doença e da dor, da esperança da
cura e do valor inestimável da saúde, que apreciamos somente quando nos vem a faltar.
Nos hospitais, disse Bento XVI, tocamos a preciosidade da nossa existência,
mas também a sua fragilidade. Desde as origens, recordou, a Igreja considerou seu
dever e privilégio permanecer ao lado de quem sofre.
O sofrimento faz parte
do próprio mistério da pessoa humana. Somente Deus pode eliminar o poder do mal. A
fé nos ajuda a penetrar o sentido de todo o humano e, portanto, também do sofrer.
O papa recordou que existe uma íntima relação entre a Cruz de Jesus e a nossa dor,
que se transforma e se sublima quando é vivida na consciência da presença e da solidariedade
de Deus.
Por fim, o papa encorajou médicos e funcionários a realizarem o projeto
iniciado por Padre Pio, que pede a todos nós que sejamos "reservas de amor".
Após
deixar a instituição, Bento XVI se dirigiu à Igreja de São Pio, onde se encontrou
com os sacerdotes, religiosos, religiosas e os jovens.
Em seu discurso, o
pontífice citou a abertura do Ano Sacerdotal, convocado por ocasião dos 150 anos da
morte de São João Maria Vianney.
O papa destacou o que une o Cura D'Ars e
São Pio de Pietrelcina: o ministério de confessor: "O sacramento da Penitência deve
ser ainda mais valorizado, e os sacerdotes nunca devem se resignar em ver seus confessórios
desertos nem limitar-se em constatar o desapego dos fieis por esta extraordinária
fonte de serenidade e de paz".
A seguir, o papa citou ainda outro grande ensinamento
da vida de Padre Pio: o valor e a necessidade da oração. "Trata-se de um ponto fundamental
não somente para a espiritualidade do sacerdote, mas também para a de todo cristão,
e ainda mais para a espiritualidade de religiosos e religiosas" – disse o Santo Padre,
encorajando-os a encontrarem novos canais para comunicar a verdade evangélica aos
homens e às mulheres do nosso tempo.
Por fim, o pontífice se dirigiu aos jovens,
dizendo que entende os problemas que os angustiam, entre os quais, o desemprego, "que
atinge de maneira dramática não poucos jovens do sul da Itália".
"Não se desencorajem!
A Igreja não os abandona! Não abandonem a Igreja! Necessita-se de sua contribuição
para construir comunidades cristãs vivas, e sociedades mais justas e abertas à esperança."
Ao
final da visita, Bento XVI regressou ao ao Vaticano. (BF)