Reforçar as medidas de protecção a crianças vítimas de conflitos e guerras.
(19/6/2009) As Nações Unidas pediram a governos de todo o mundo e representantes
da sociedade civil que reforcem medidas de protecção a crianças vítimas de conflitos
e guerras. O apelo foi feito após a revisão de um relatório sobre o problema,
apresentado pelo Fundo da ONU para a Infância (UNICEF), na terça-feira, em Nova Iorque.
A
"Revisão Estratégica dos 10 anos do Estudo de Graça Machel" revela que 1 bilião de
crianças vive em países ou territórios afectados por conflitos armados. Deste total,
300 milhões têm menos de cinco anos de idade.
Graça Machel, concluiu o
primeiro estudo sobre crianças em conflito, a pedido da ONU, em 1996.
Na
revisão, apresentada nesta terça-feira, os especialistas citaram projectos nos países
de língua portuguesa Angola, Moçambique e Timor-Leste, como exemplos de reintegração.
As três nações passaram por conflitos nas últimas décadas.
Para o UNICEF,
a natureza dos novos conflitos torna o impacto da guerra sobre crianças ainda mais
brutal. Elas tornam - se vítimas da proliferação de armas de pequeno calibre, minas,
actos de terrorismo e contra terrorismo.
Muitos menores também são recrutados
como combatentes e detidos ilegalmente. Meninos e meninas estão sujeitos a abusos
sexuais, incluindo estupros, e são usados em muitos casos como "armas de guerra".
Além
disso, crianças que vivem em zonas de conflito são ameaçadas por situações de pobreza,
desnutrição, deslocamentos internos e doenças. E, muitas vezes, não frequentam a escola.