2009-06-19 19:16:27

O núcleo essencial do cristianismo está no Coração de Jesus, afirmou o Papa inaugurando o Ano Sacerdotal


(19/6/2009) Depois do Ano Paulino, Bento XVI colocou a Igreja em celebração com um Ano Sacerdotal, que iniciou esta Sexta-feira, festa do Coração de Jesus e dia de oração pela santificação dos sacerdotes. A iniciativa começou com a celebração de Vésperas, na Basílica de São Pedro, presidida pelo Papa e encerra-se a 19 de Junho de 2010, após um Congresso Internacional, em Roma.
Na homilia da celebração de Vésperas e diante da relíquia do coração do Cura d'Ars, o Papa disse aos padres presentes que "a nossa missão é indispensável para a Igreja e para o mundo" e que a mesma exige "fidelidade".
"Nada faz sofrer tanto a Igreja como os pecados dos seus pastores", assinalou Bento XVI, numa cerimónia que decorreu na Basílica de São Pedro e para a qual estavam convidados os sacerdotes de todo o mundo.
Ao recordar as "promessas sacerdotais" que se pronunciam no dia da ordenação, o Papa alertou para os padres que se tornam "ladrões de ovelhas, seja porque as desviam com as suas doutrinas privadas, seja porque as sufocam com laços de pecado e de morte".
Neste contexto, deixou um apelo à "conversão e ao recurso à Divina Misericórdia" para esconjurar o "terrível risco de prejudicar os que somos obrigados a salvar".
O Papa falou do "coração de Deus", "um Deus que se comove", e da "ingratidão" com que o seu amor é várias vezes recusado. "O coração de Cristo expressa o núcleo essencial do Cristianismo", indicou, aludindo a festa celebrada. Para Bento XVI, em Jesus está "toda a novidade revolucionária do Evangelho, o amor que nos salva e nos faz viver já na eternidade de Deus".
Mais à frente, lembrou a "bela e comovente afirmação" do Cura d'Ars, que dizia que "o sacerdócio é o amor pelo coração de Jesus". "Nós presbíteros fomos consagrados para servir, com humildade e autoridade, o sacerdócio comum dos fiéis", indicou.
Bento XVI desafiou os presentes a fazer deste Ano Sacerdotal "uma ocasião para crescer na intimidade com Jesus, que conta connosco, seus ministros, para difundir e consolidar o seu reino", sendo no mundo de hoje "mensageiros de esperança, reconciliação e de paz".
"Para ser ministros ao serviço do Evangelho é útil, certamente, o estudo com uma apurada e permanente formação pastoral, mas é ainda mais necessária a ‘ciência do amor' que se aprende só no ‘coração a coração' com Cristo", advertiu.
A Igreja, disse o Papa, "tem necessidade de sacerdotes santos, que ajudem os fiéis a experimentar o amor misericordioso do Senhor e sejam testemunhas convictas".
No início da celebração, Bento XVI proclamou a oração para o ano sacerdotal, pedindo que "por intercessão do Santo Cura d'Ars, as famílias cristãs se tornem ‘pequenas igrejas', nas quais as vocações e todos os carismas, dados pelo Espírito Santo, possam ser acolhidos e valorizados".
O anúncio da celebração do ano sacerdotal tivera lugar no passado dia 16 de Março, no Vaticano, quando o Papa recebeu em audiência os participantes da assembleia plenária da Congregação para o Clero, aos quais disse que o Ano Sacerdotal tinha em vista "favorecer a tensão dos sacerdotes para a perfeição espiritual".
A celebração acontece nos 150 anos da morte de João Maria Vianney, o Santo Cura d'Ars, patrono de todos os párocos do mundo.
A Conferência Episcopal Portuguesa assinalou em Fátima o início do Ano Sacerdotal, afirmando que "os sacerdotes são imprescindíveis para a vida da Igreja". No comunicado final da assembleia plenária extraordinária que decorreu Quinta-feira, os Bispos "apelam à iniciativa do povo de Deus para que seja um ano apostolicamente fecundo".








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