2009-06-18 12:15:15

Desertificação, uma ameaça para milhões de seres humanos


(18/6/2009) Duzentos milhões de seres humanos poderão ser forçados a migrar por causa da desertificação e a degradação do solo que afectam um terço da Terra e ameaçam os meios de sobrevivência e o bem-estar de mil milhões de pessoas.
A Organização das Nações Unidas (ONU), que assinalou neste 17 de JUnho o Dia Mundial de Luta contra a Desertificação e a Seca estima o número de deslocados ambientais entre 17 milhões e 24 milhões, mas avisa que poderá chegar aos 200 milhões em 2050, se continuar o consumo excessivo de água, a desflorestação e práticas agrícolas e florestais erradas.
Numa mensagem alusiva à jornada, o secretário-geral da ONU, Ban Ki-Moon, nota que quase um terço das terras cultivadas tornaram-se improdutivas nos últimos 40 anos e cerca de três quartos das pastagens naturais apresentam sintomas de desertificação.
Sob o tema, "A conservação da terra e da água: assegurar o nosso futuro comum", a ONU ressalta as ameaças da degradação de solos aráveis, o que priva as pessoas de seus direitos básicos, como o acesso ao alimento e à água.


A Convenção da ONU para o Combate à Desertificação (UNCCD) revela que mais de 250 milhões de pessoas já são directamente afectadas pela seca e degradação de terras de cultivo.


O Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente (PNUMA) publicou vários exemplos de combate à desertificação. Uma das iniciativas é a criação de reservas naturais e mercados comunitários, além de projectos de irrigação no Senegal, Quénia e Zimbabwe .


O PNUMA acredita que "nove em cada 10 desastres naturais são causados por condições climáticas." O seu director - executivo, Achim Steiner, disse que uma das formas de combater a desertificação é eliminar o aquecimento global. Em Dezembro passado, numa reunião da ONU, Steiner pediu o apoio de todos os países para aprovar a segunda fase de actuação do Protocolo de Kyoto.


A Conferência da ONU sobre Mudanças Climáticas será realizada em Copenhaga, a capital da Dinamarca. A primeira fase de actuação do Protocolo de Kyoto deverá expirar em 2012.








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