PROJETO COMBATE TRÁFICO DE SERES HUMANOS NA TRÍPLICE FRONTEIRA
Nova York, 17 jun (RV) - Um projeto para combater o tráfico humano na Tríplice
Fronteira − como é chamada a área entre Argentina, Paraguai e Brasil − está entrando
em sua segunda fase, com um reforço nas iniciativas para eliminar o crime.
O
programa − realizado pela Organização Internacional para Migrações (OIM) − oferece
assistências médica, legal e trabalhista às vítimas, em Ciudad del Este, Paraguai,
Foz do Iguaçu, Brasil, e Puerto Iguazu, Argentina.
A chefe do projeto, Cynthia
Bendlin, disse que a rede de combate ao tráfico na região foi criada em 2006, mas
ainda precisa de um grande reforço.
De acordo com a agência, o tráfico humano
na Tríplice Fronteira concentra-se, principalmente, em mulheres, crianças e adolescentes.
Pesquisas indicam que as mulheres são vítimas do tráfico para períodos que não ultrapassam
um fim de semana, para exploração sexual.
Dados da OIM também sugerem que cerca
de sei mil crianças e adolescentes cruzam a fronteira entre o Brasil e o Paraguai
todos os anos. Muitas delas se tornam vítimas de crimes sexuais.
Além do tráfico
humano, a Tríplice Fronteira também sofre com contrabando e outros tipos de delitos.
A
primeira e segunda fases do projeto na região estão sendo financiadas com a ajuda
do Departamento de Estado norte-americano de Combate e Monitoração ao Tráfico de Seres
Humanos. (AF)