Cidade do Vaticano, 17 jun (RV) - As religiões têm muito a oferecer aos líderes
políticos: foi o que Bento XVI reiterou esta manhã, na audiência geral. Ao saudar
os peregrinos de língua inglesa, o pontífice dirigiu um pensamento especial aos participantes
do IV Encontro dos líderes religioso, por ocasião do G-8.
Mais de cem líderes
religiosos, unidos em reiterar o papel dos fiéis na construção de um mundo de paz,
participam do evento de dois dias que se conclui esta noite.
O papa apóia o
compromisso dos líderes mundiais em favor da paz e louva o "G-8 das religiões", iniciativa
que reitera o papel fundamental dos valores espirituais na vida dos povos e de cada
pessoa. Na audiência geral, o pontífice usou palavras de apreço para os promotores
do encontro:
"Estou certo de que esse evento será muito útil também para chamar
a atenção dos líderes políticos do mundo para a importância das religiões dentro do
tecido social de toda sociedade." Um encontro que ressalta o dever dos líderes de
promover leis e políticas que ajudem o bem comum – acrescentou o papa.
E sobre
a contribuição que as religiões podem dar à sociedade, sobretudo num período de crise,
pronunciou-se ontem também o presidente do Pontifício Conselho para o Diálogo Inter-religioso,
Cardeal Jean-Louis Tauran.
O purpurado francês afirmou que a ambição dos líderes
religiosos é de "iluminar a reflexão" dos chefes políticos "a partir de um ponto de
vista ético, e de abrir os ânimos e os corações à busca do bem comum".
O encontro
das religiões, que teve início na manhã desta terça-feira com uma visita dos mais
de cem líderes religiosos às populações de Aquila – na região italiana dos Abruços
– atingidas pelo terrível terremoto de 6 de abril passado, se concluirá na noite desta
quarta-feira com a aprovação de um documento final. (RL)