Cidade do Vaticano, 13 jun (RV) - "Também os sacerdotes devem recordar-se de
rezar!" Com essas palavras, Bento XVI acompanha, frequentemente, a habitual entrega
do terço aos sacerdotes que o saúdam, no encerramento de uma audiência ou de um encontro
com ele. A mim aconteceu mais de uma vez!
Essas palavras retornaram à minha
mente, quando o papa proclamou o "Ano sacerdotal" que está para ter início, nos 150
anos da morte de São João Maria Vianney, o Santo Cura d'Ars, esplêndido modelo de
espiritualidade e de zelo para todos os sacerdotes, sobretudo se empenhados na pastoral.
"É
sempre forte a tentação de reduzir a oração a momentos superficiais e apressados,
deixando-se levar pelas atividades e pelas preocupações humanas" – diz ainda o papa.
Fazendo eco às palavras do Cura d'Ars: "Alguns parecem dizer assim ao bom Deus: "Tenho
apenas duas palavras a te dizer, assim farei tudo com rapidez e irei embora da tua
presença!"
Se o problema da união com Deus se apresenta para todos os cristãos,
apresenta-se em particular para os sacerdotes, requisitados de todas as partes, enquanto
o número deles diminui ou permanece baixo, em relação às expectativas.
Obviamente,
a santidade dos sacerdotes é, antes de tudo, uma responsabilidade deles próprios,
mas diz respeito também a toda a comunidade dos fiéis. Bastam alguns sacerdotes indignos
a ferir profundamente a credibilidade da Igreja. E, por outro lado, a solidariedade
espiritual da comunidade é um fortíssimo amparo para a vida espiritual e apostólica
destes.
Em resumo: o Ano Sacerdotal vale não apenas para os sacerdotes, mas
para todos. (Pe. Federico Lombardi)