Bogotá, 13 jun (RV) – Foi assassinado, nesta sexta-feira, o professor Jorge
Humberto Echeverri Garro, ativista dos direitos humanos da Pastoral Social Nacional,
em Arauca, Colômbia. Em conseqüência desse homicídio, o Secretariado da Pastoral fez
um apelo à opinião pública nacional e internacional, diante da violência que está
devastando indiscriminadamente a região.
O professor Echeverrri Garro participava
de uma reunião da Pastoral sobre projetos da Igreja na área, para o fortalecimento
comunitário, em convênio com a Caritas da Alemanha. Durante a reunião, um grupo guerrilheiro
tomou o centro do povoado, chegando até o lugar do encontro, de onde arrastou o professor,
assassinando-o.
Reconhecido por sua liderança, Jorge Humberto Echeverri Garro
era também catequista e participante da rede de docentes dos Centros de Gestores para
a Paz e Convivência, projeto desenvolvido nessa região, em parceria com o Alto Comissáriado
das Nações Unidas para Refugiados (ACNUR).
O Secretariado da Pastoral Social
expressa sua grande preocupação pelo alto número de mortes de civis nos conflitos
armados, e pelos ataques aos serviços humanitários da Igreja Católica em todo o país.
Por outro lado, o chefe da Secretaria da Pastoral Social, Mons. Héctor Fabio
Henao Gaviria, alerta para o grande número de assassinatos em todo o país, principalmente,
nas regiões indígenas.
No último ano, outros três professores foram assassinados,
em zonas de difícil acesso. Além disso, foram mortos: Pablo Garcia, indígena da etnia
"sikuani", Milton Blanco, docente na área rural, e o adolescente Linderman German
Farías González, de apenas 16 anos.
"A Pastoral Social reafirma sua solidariedade
e apoio aos povos de Arauca, em especial aos familiares das vítimas, exortando-os
a não perderem a esperança" − conclui Mons. Henao Gavíria. (CF)