Islamabad, 09 jun (RV) - Os cristãos estão preocupados com o crescente número
de refugiados do Paquistão e com a capacidade do Governo de garantir-lhes assistência,
segundo publicado por "Églises d'Asie" (EDA), a agência das missões exteriores de
Paris.
Depois da ofensiva lançada no início de maio, pelo exército paquistanês
contra os talebãs, para acabar com seus redutos no nordeste do país, em especial no
Vale do rio Swat, os civis devem pagar agora, um alto preço pelo conflito.
Atualmente,
as ONGs não têm mais autorização para entrar na região dos combatentes e não podem,
portanto, contar o número de mortos e de feridos, enquanto se fala de uma "catástrofe
humanitária de grandes dimensões", por carência de água, alimento e assistência sanitária.
O fluxo de pessoas que fogem da região dos confrontos não para de crescer.
Entre elas, muitas são as vítimas cristãs de uma nova onda de perseguição desde que
os talebãs introduziram a xariá no Vale do Swat.
As Igrejas continuam oferecendo
assistência e acolhimento a todos os refugiados e aos feridos, apesar de os recursos
terem começado a se tornar escassos.
Enquanto a Igreja Católica multiplica
os eventos inter-religiosos e os encontros de oração que evocam a unidade e a paz
no país, a retomada das ações terroristas no território paquistanês faz temer um recrudescimento
da insegurança e um novo êxodo de deslocados.
Dois atentados − reivindicados
por talebãs e verificados em Lahore e em Peshawar no final de maio − causaram 30 mortos
e pelo menos 300 feridos. (BF)