2009-06-09 19:57:29

BISPOS EUROPEUS AVALIAM CRISE ECONÔMICA MUNDIAL


Zagreb, 09 jun (RV) - Realiza-se em Zagreb, capital da Croácia, o encontro dos bispos do Conselho das Conferências Episcopais da Europa (CCEE), responsáveis pelos assuntos sociais.

Os prelados avaliam os efeitos da crise econômica mundial e a queda do sistema financeiro internacional. O secretário do Pontifício Conselho "da Justiça e da Paz", Dom Giampaolo Crepaldi, ressaltou hoje, no encontro, que "2008 foi um ano horrível para o sistema financeiro e para a economia mundial", e os que mais sofreram com isso foram os pobres.

Dom Crepaldi sublinhou que essa urgência fez com que a Igreja abordasse temas de caráter técnico, de acordo com a nota publicada pelo organismo vaticano, em novembro passado, intitulada "Um novo pacto financeiro internacional".

O prelado frisou que, com tal documento, a Igreja quer oferecer um "instrumento de diálogo, a fim de buscar soluções eficazes, para financiar o desenvolvimento, não obstante a crise em andamento". Dom Crepaldi ressaltou que a "crise é uma ocasião de discernimento e de elaboração de novos projetos, uma ocasião para repensar a economia considerando as exigências dos pobres".

Já o cardeal-arcebispo de Bordeaux, Jean-Pierre Ricard, vice-presidente da CCEE, falando sobre os problemas sociais da Europa, comentou os resultados das eleições européias realizadas neste fim de semana, para a renovação do Parlamento europeu, sublinhando o aumento da taxa de abstenção.

Segundo o purpurado "um dos grandes problemas é a mobilização da opinião européia que, hoje, não consegue mais optar pelos grandes projetos. Precisamos seguir o projeto de conhecimento dos povos europeus e caminhar rumo a uma Europa mais social e mais atenta às exigências de seus povos".

O Cardeal Ricard espera que a Europa saiba também redescobrir sua missão em prol do respeito pela pessoa humana e seus direitos. "A Europa deve reencontrar a inspiração para construir uma sociedade mais fraterna, convivente e justa. Uma Europa que permaneça aberta ao mundo e que saiba promover a paz" − frisou ele.

O purpurado sublinhou que, nesse sentido, "a Igreja pode ajudar a Europa, com sua mensagem de fraternidade, solidariedade e esperança, com seu patrimônio de valores comuns, mas também com o testemunho, e por meio de encontros entre as conferências episcopais que mostram ser possível viver juntos, na mesma casa comum que é a Europa" − concluiu. (MJ)







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