PAPA PEDE A BISPOS QUE SEJAM AMIGOS DOS SACERDOTES
Cidade do Vaticano, 08 jun (RV) - O papa recebeu, na manhã desta segunda-feira,
no Vaticano, um grupo de cerca de 50 membros da Conferência Episcopal Venezuelana,
que estão encerrando sua visita "ad Limina Apostolorum".
Após ter ouvido as
palavras de saudação do arcebispo de Maracaibo, Dom Ubaldo Ramón Santana Sequera,
presidente da Conferência Episcopal Venezulana, o papa agradeceu a presença de todos
os pastores nesta ocasião em que puderam compartilhar suas alegrias e preocupações,
projetos e dificuldades.
Esse foi o ponto da partida do discurso do papa:
as dificuldades sempre maiores, no trabalho pastoral, hoje agravadas pela crise econômica
mundial. Mas o pontífice lembrou também, os motivos de esperança que "só podem estar
em Deus, o Deus que nos amou e continua a nos amar, até o extremo".
"Vocês
têm diante de si – disse Bento XVI aos bispos venezuelanos – uma apaixonante tarefa
de evangelização, iniciada com a "Missão para a Venezuela", na mesma linha da Missão
Continental promovida pela V Conferência Geral do Episcopado da América Latina e do
Caribe, em Aparecida. Também estes – sublinhou o pontífice – são tempos de graça para
aqueles que se dedicam inteiramente à causa do Evangelho. Confiem no Senhor. Ele tornará
fecunda a entrega e os sacrifícios de vocês."
Bento XVI recordou aos presentes
a necessidade de uma vida espiritual para os bispos: "O ministério pastoral deve ser
um reflexo coerente de Jesus, servo de Deus, com a vocação e a santidade sempre em
primeiro lugar."
Em seguida, voltou sua atenção para a comunhão afetiva e efetiva
que deve existir entre os pastores do povo de Deus... "Esta unidade que, hoje e sempre,
deve ser promovida e expressa visivelmente, será fonte de consolo e eficácia apostólica
em seu ministério" – disse o Santo Padre.
Nesse sentido, recomendou aos bispos,
atenção pastoral aos sacerdotes que devem ser tratados com amizade fraterna. "Isso
os ajudará a desempenharem com abnegação o próprio ministério, e a acolherem, com
espírito filial, quando necessário, as advertências sobre aspectos que podem melhorar
ou corrigir."
O papa falou da necessidade de um laicato maduro, que dê testemunho
fiel de sua fé e sinta o prazer da pertença ao Corpo de Cristo. Bento XVI manifestou
apreço pelo esforço da Igreja venezuelana em irradiar a luz do Evangelho sobre os
acontecimentos mais relevantes do país, sem outros interesses senão difundir os genuínos
valores cristãos, buscando o bem comum, a convivência harmoniosa e a estabilidade
social.
Concluindo, o pontífice manifestou sua disponibilidade de apoio, solicitude
e proximidade espiritual, pedindo aos bispos que levassem sua carinhosa saudação a
todos os membros da Igreja na Venezuela: bispos eméritos, sacerdotes, religiosos e
leigos, especialmente aos casais, aos jovens e idosos, e àqueles que sofrem. Bento
XVI invocou a proteção da Virgem de Coromoto tão querida naquele país, e concedeu
sua bênção, despedindo-se de todos. (CM)