ELEIÇÕES EUROPÉIAS: AVANÇO DA DIREITA E ABSTENÇÕES
Estrasburgo, 08 jun (RV) - Final de semana de eleições em 27 países da Europa,
para a renovação do Parlamento europeu.
O pleito foi marcado pelo avanço da
direita e de movimentos xenófobos e pela baixa afluência às urnas: somente 43,39%
dos eleitores exerceram seu direito – o que representou o mínimo histórico.
Para
o observador permanente da Santa Sé no Conselho da Europa, Mons. Aldo Giordano, a
abstenção é significativa por dois motivos: primeiro, porque denuncia a falta de consciência
do papel que a Europa deveria e poderia ter diante dos desafios mundiais. Em segundo
lugar, porque denuncia a falta de confiança entre cidadãos europeus e instituições.
Sobre o sucesso dos partidos de direita, Mons. Giordano afirma que é o reflexo
do problema da segurança. "Provavelmente, os cidadãos europeus viram um centro-direita
com propostas que, de um lado, preservam mais as tradições, e isso também por medo
diante de fenômenos, como o fenômeno migratório, o fenômeno do encontro entre povos
e culturas, e a crise financeira, que é um fenômeno global e que não se sabe como
controlar. Diante disso, escolhe-se quem garante ou quem parece garantir uma tradição
e parece fazer propostas mais concretas." (BF)