2009-06-07 10:30:11

AUTOCRÍTICA DA IGREJA ANGLÓFONA


Cidade do Vaticano, 07 jun (RV) - Realizou-se de 1º a 5 de junho, no Vaticano, a 10ª Conferência Anglófona, que reuniu bispos, sacerdotes, religiosas e leigos em um debate sobre o problema das violências a menores na Igreja. O tema voltou à tona depois que o governo irlandês publicou um relatório com as provas dos abusos cometidos nas décadas de 30 a 90 em muitos institutos ‘corretivos’ do país; escolas financiadas pelo Estado, mas administradas por ordens religiosas católicas.

O bispo de Rapid City, Dom Blase J. Cupich, presidente da Comissão para a proteção de crianças e jovens da Conferência dos bispos católicos dos Estados Unidos, participou da Conferência Anglófona. Ele disse que a ocasião foi uma oportunidade para os participantes consultarem responsáveis Vaticano, encontrar especialistas no campo da tutela da infância e partilhar os progressos e problemas com outras conferências episcopais. Todos concordam com a necessidade de um plano de prevenção, amparo e cura. “A Conferência Anglófona – disse Dom Cupich – ajuda as pessoas que trabalham para a Igreja a criar um clima no qual aqueles que sofreram abusos se sintam confiantes em revelá-lo. É uma questão humana”.

A Conferência para a proteção de crianças e adultos vulneráveis (National office for the protection of children and vulnerable adults), que reúne as Igrejas de língua inglesa comprometidas em combater abusos, realiza-se anualmente. Este ano, no Vaticano, estavam presentes delegados provenientes da Austrália, Inglaterra e Gales, Índia, Irlanda, Nova Zelândia, Papua Nova Guiné, Escócia e Estados Unidos. Participaram também representantes da Itália, Chile e Gana.

Organizada este ano pela Conferência episcopal escocesa, intitulou-se “Olhando adiante – O desafio nos aguarda” (Looking forward - The challenge ahead) e foi presidida pelo bispo de Galloway, Dom John Cunningham.

Para o bispo de Adelaide, na Austrália, Dom Philip Edward Wilson, "o fato positivo é que as vitimas emergiram e que nós admitimos que os abusos infelizmente fizeram parte de nossa história, e que estamos fazendo o possível para responder às conseqüências e assegurar um novo modo de nos relacionar, no interno da Igreja.

Por sua vez, o maltês Mons. Charles J. Scicluna, promotor de justiça da Congregação para a Doutrina da Fé, explicou que “a compreensão do fenômeno por parte da Igreja e os programas para colocar fim aos abusos estão evoluindo constantemente”. (CM)







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