2009-06-03 12:18:20

Digressão de Barack Obama ao Médio Oriente, com relevante conteúdo diplomático


(3/6/2009) O Presidente Barack Obama está hoje na Arábia Saudita para discutir com o rei Abdullah o conflito israelo--palestiniano e o Irão, ou ainda a cooperação no Iraque e no Paquistão. É um intróito à visita de quinta-feira ao Cairo, onde fará o prometido discurso "histórico" ao mundo muçulmano.
De Gaza a Telavive, do Cairo a Jacarta, todos terão nele os olhos postos.
Se o discurso suscita elevadas expectativas e será um instrumento da "diplomacia pública" de Obama, a curta digressão tem, para além dele, um relevante conteúdo diplomático.
Washington tem frisado que a Iniciativa de Paz árabe, de 2002, de autoria saudita, é um dos dispositivos que poderá mudar os dados da equação israelo-palestiniana. Se israelitas e palestinianos não se podem entender, é necessário voltar à dimensão "israelo-árabe", trocando a aceitação israelita de um Estado palestiniano por uma normalização das suas relações com os Estados árabes.
Sauditas e egípcios pedem que Washington seja "imparcial" num conflito que envolve o primeiro aliado dos EUA no Médio Oriente.
Se este é tema imediato, também a questão do Irão está no topo da agenda. Os sauditas opuseram-se à ameaça de uma solução militar, que consideravam catastrófica para região, durante a era Bush. Hoje, com a abertura de Obama a Teerão, manifestam preocupação inversa. Para lá de um Irão nuclear, que sempre temeram, desagrada-lhes um eventual acordo iraniano-americano que eleve o estatuto do Irão a potência regional dominante, em detrimento de Riad ou do Cairo. Obama tentará tranquilizar Abdullah e o egípcio Hosni Mubarak.









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