Amor e não assistencialismo para os aborigenes, pede o arcebispo de Sydney card. George
Pell
(30/5/2009) "Os aborígenes não precisam de assistencialismo, mas de amor verdadeiro
que os ajude no caminho do desenvolvimento económico, da promoção cultural e da renovação
social": afirmou o cardeal-arcebispo de Sydney, Austrália, George Pell, referindo-se
às medidas do Governo australiano em relação à comunidade aborígene.
Segundo
o purpurado, a questão da escassa integração dos aborígenes na sociedade australiana
não é somente um problema de dinheiro. "É preciso investir na responsabilidade
e no potencial de desenvolvimento das comunidades, tornando-as protagonistas do caminho
de promoção social, rompendo, assim, com a cultura da dependência".
"A
situação de desigualdade em que vivem as minorias aborígenes, requer uma maciça intervenção
do Estado que deve abordar a questão das iguais oportunidades de desenvolvimento"
– acrescentou.
Os bispos australianos reiteraram a necessidade de combater
o fenómeno da criminalidade e a adopção de medidas que promovam a inserção das comunidades
aborígenes no tecido social australiano, sobretudo no campo do trabalho e da educação.
O direito ao estudo e o acesso ao mercado do trabalho são elementos fundamentais
na promoção de uma autêntica integração e de uma real participação das comunidades
aborígenes na vida social, política e cultural da Austrália, garantindo-lhes os direitos
previstos na Constituição do país.
A Austrália conta com 517 mil aborígenes,
o que significa 2,5% do total da população. Alcoolismo, droga e desemprego são os
problemas principais de uma população que vive em localidades remotas.