2009-05-30 18:11:30

ADIADA APRESENTAÇÃO DE "ARGUMENTAÇÃO" CONTRA AUNG SAN SUU KYI


Yangún, 30 mai (RV) - Os dois juízes militares que julgam a principal opositora birmanesa e Nobel da Paz, Aung San Suu Kyi, adiaram a data de apresentação das razões finais no processo contra ela, de 1º para 5 de junho, confirmaram hoje fontes da dissidência. "O tribunal pronunciará a sentença depois das razões finais" − disse Kyi Win, da equipe de três advogados que defendem Aung San Suu Kyi, de 63 anos.

O tribunal especial organizado no interior da penitenciária de Insein, nos arredores de Yangún, capital de Mianmar (ex-Birmânia) comunicou a mudança nesta sexta-feira. Aung San Suu Kyi foi acusada de descumprir os termos de sua detenção domiciliar, quando permitiu que o norte-americano John William Yettaw dormisse em sua casa.

A detenção e o julgamento da Nobel da Paz-1991 têm lugar poucos dias antes do fim de sua mais recente prisão domiciliar, punição que cumpriu durante mais de 13 dos últimos 19 anos.

Governos de todo o mundo e organizações internacionais, com as Nações Unidas à frente, condenaram o processo e pediram a libertação imediata da líder opositora.

A defesa de Aung San Suu Kyi alega que sua cliente permitiu que Yettaw passasse a noite em sua casa por compaixão, porque percebeu que ele estava muito cansado após ter atravessado a nado, o lago Inya, não estando em condições de retornar de imediato.

Além disso, os defensores dizem que a culpa pela invasão é das autoridades, que são responsáveis pela segurança da casa.

O secretário de Defesa norte-americano, Robert Gates, em discurso em Cingapura, na conferência anual sobre a segurança regional, declarou que o diálogo deve ser retomado, e Aung San Suu Kyi deve ser imediatamente libertada.

"Precisamos ver mudanças reais em Mianmar: a libertação de prisioneiros políticos, incluindo Aung San Suu Kyi, e a instituição de um diálogo significativo entre a junta militar e a oposição" − afirmou, reforçando a pressão feita pela comunidade internacional nas últimas semanas em prol de Suu Kyi e da redemocratização do país asiático. (AF)







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