PONTIFÍCIO CONSELHO PARA OS LEIGOS RECONHECE CÉLULAS PAROQUIAIS DE EVANGELIZAÇÃO
Cidade do Vaticano, 29 mai (RV) - O Pontifício Conselho para os Leigos entregou
às "Células Paroquiais de Evangelização", fundadas pelo sacerdote italiano Piergiorgio
Perini, o decreto de reconhecimento por um período experimental de cinco anos. A cerimônia
foi presidida esta manhã, na sede do organismo vaticano, por seu secretário, Dom Josef
Clemens.
No decreto, que reconhece o sistema adotado pelo sacerdote Perini,
o presidente do Pontifício Conselho para os Leigos, Cardeal Stanislaw Rylko, faz votos
de que "as células paroquiais sejam sempre fermento de santidade e de evangelização
no mundo".
O fundador das células as definiu como sendo "a realização do sonho
de um pastor", "uma comunidade viva, alegre, apaixonada por Jesus", na qual todos
possam redescobrir a vocação comum à evangelização.
Trata-se de uma realidade
nascida em 1986 na Basílica de Santo Eustorgio, em Milão – norte da Itália – após
a experiência amadurecida pelo sacerdote na comunidade paroquial de São Bonifácio,
na Flórida, EUA.
A célula, na qual se redescobre a experiência de anunciar
o Evangelho, é um pequeno grupo ligado por vínculos familiares, de amizade ou de interesses
comuns, que se reúne uma vez por semana.
O "oikos" é o ambiente no qual a célula
se desenvolve, pode ser no trabalho, na universidade, entre vizinhos, "o lugar no
qual o Senhor realiza as suas maravilhas e se renova a experiência do Pentecostes".
Assim
que alcança uma certa dimensão, o grupo-mãe dá origem a dois grupos-filhos. Somente
em Milão existem 147 células – que envolvem mais de duas mil pessoas – mas existem
outras 4.300 espalhadas pelo mundo. Todos os anos se organiza um seminário internacional
de apresentação do sistema de células. O próximo se realizará em Milão, de 3 a 7 de
julho deste ano.
"Restituir uma consciência missionária a todo paroquiano"
– assim o responsável francófono das células, Pe. Arnaud Adrien, descreve essa realidade.
"A partir da Evangelii nuntiandi de Paulo VI – ressalta – os párocos formam a sua
comunidade, as células se tornam assim uma possibilidade de transformar a pastoral
ordinária em pastoral missionária" através do ensinamento de Jesus que dizia: "Não
vim para ser servido, mas para servir e dar a vida para a salvação de muitos". (RL)