2009-05-29 19:57:37

NOVO LIVRO SOBRE SANTO SUDÁRIO ABRE POSSIBILIDADE A ULTERIORES ESTUDOS


Roma, 29 mai (RV) - "Segredos e mistério do Santo Sudário de Jesus": esse é o título do livro do vaticanista Marco Tosatti, que propõe uma análise dos estudos feitos até hoje sobre o linho sagrado. O jornalista quis chamar a sua pesquisa de "Investigação sobre o Santo Sudário". O livro foi apresentado hoje em Roma.

A ciência ainda não sabe explicar o modo como se originou a imagem impressa no linho do Santo Sudário. Alguns estudiosos da Enea – companhia para as novas tecnologias, energia e ambiente – baseados em algumas experimentações, defendem a hipótese de um raio de energia muito potente, mas atualmente não existe uma máquina capaz de produzir algo semelhante num tecido tão grande quanto o linho custodiado na Diocese de Turim – noroeste da Itália.

Essa é uma das interrogações que levaram o autor da obra a começar uma investigação jornalística sobre o Santo Sudário – considerado o sudário de Jesus – que o exame do Carbono 14, feito em 1988 por laboratórios de Tucson, Oxford e Zurique, resultou ser de origem medieval. Mas o que o vaticanista escreveu, a esse propósito, em seu livro? Eis o que ele mesmo relatou:

Marco Tosatti:- "Descobrimos que esse exame com o Carbono 14 continha um erro de cálculo matemático tal, que não podia ser considerado aceitável e, sobretudo, que não se podia então, baseado nesse exame – justamente pela falta de homogeneidade das amostras e dos resultados – afirmar, como foi feito, que o Santo Sudário era um sudário falso da Idade Média. O possível motivo dessa falta de homogeneidade é que num pedaço de fio do Sudário, próximo ao ponto que foi examinado com o Carbono 14, havia algodão e uma substância resinosa, talvez de goma: o que dá peso à hipótese de um remendo medieval – lançada anos atrás por outros estudiosos – que teria, naturalmente, alterado todos os dados."

A investigação de Tosatti sobre o Sudário parece, portanto, reabrir algumas questões, como ele mesmo nos ilustra:

Marco Tosatti:- "O que se questiona é a validade de se usar um sistema como o Carbono 14, somente esse sistema, para buscar datar um objeto do qual não se conhece a história, os lugares por onde passou, o grau de contaminação. E, a meu ver, reabre a grande questão de dar início a uma nova fase de pesquisas científicas multidisciplinares sobre o Sudário, graças ao material que ainda existe e está a disposição, sem tocar no linho que será exposto no próximo ano."

P. O Sudário conseguirá fazer com que ciência e fé possam dialogar?

Marco Tosatti:- "Tudo que foi testemunhado pela ciência sobre o Sudário é que se trata da imagem, impressa no tecido, de um homem assassinado, que tem características particulares, que o tecido é um linho muito provavelmente do Séc. I, e muitas outras coisas. Creio que não seja um problema entre ciência e fé. O Sudário não acrescenta nada à fé, no sentido que quem acredita, acredita e basta. Porém, é, certamente, um objeto de grandíssima impressão, de grandíssimo fascínio e que não é difícil ligar à figura de Cristo, pelo contrário."

Enquanto cientistas e especialistas continuam discutindo, o Santo Sudário permanece sendo um objeto de veneração, que será exposto ao público na Catedral de Turim, de 10 de abril a 23 de maio do próximo ano. (RL)







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