(29/5/2009) A Cáritas Portuguesa recebeu um “Certificado de Agradecimento”, emitido
pelo presidente da República da Indonésia, Susilo Bambang Yudhoyono, pelo o apoio
prestado às vítimas do tsunami que devastou o Sudeste Asiático, no final de 2004.
A Cáritas Portuguesa esteve entre as primeiras organizações nacionais a apoiar
as vítimas do tsunami e manteve este apoio em projectos de reconstrução e desenvolvimento,
ao longo dos últimos anos. Em termos de vítimas mortais, a Indonésia foi o país
mais afetado. De um total de 250.000 mortos, cerca de 150.000 ocorreram neste país,
onde, a somar este números, mais de meio milhão de pessoas ficaram desalojadas. Por
esta razão, a Cáritas Portuguesa, na sua estratégia de actuação, procurou desenvolver
acções que auxiliassem no restabelecimento rápido das comunidades afectadas. O
investimento feito passou por duas linhas fundamentais: a criação de postos de trabalho,
por meio do apoio à estruturação de pequenas empresas familiares, e a construção de
habitações. Em parceria com a Cáritas da Suíça e com a Cáritas Dos Estados Unidos
(Catholic Relief Services) foi possível construir 110 habitações dotadas de saneamento
e acesso a água potável. Estas construções foram executadas com materiais de qualidade
e estão preparadas para resistir a futuros terramotos. Nestas duas linhas de acção
foram investidos cerca de 1,5 milhão de euros, provenientes dos donativos da Campanha
“Cáritas Ajuda as vítimas do Sudeste Asiático 2004”. A Caritas Portuguesa considera
que o reconhecimento da República da Indonésia destina-se “a todos os doadores e benfeitores
que, através dos seus gestos de solidariedade ou donativos, confiaram na acção da
Cáritas e no cumprimento da sua missão”, afirma um comunicado da entidade. Em entrevista
correspondente da Rádio Vaticano em Portugal, Domingos Pinto, o Presidente da Caritas
Portuguesa,Eugénio da Fonseca, considera que esta é uma forma de credibilizar o modo
como os fundos foram utilizados, uma entrevista onde também dá conta das receitas
conseguidas - cerca de 5 milhões de euros - verbas aplicadas não só na Indonésia,
mas também no Sri Lanka e na Índia em situações de emergência e em projectos de âmbito
social