Budapeste, 26 mai (RV) - Entre 4 e 7 de junho, 375 milhões de eleitores dos
27 Estados-membros da União Européia vão eleger seus novos representantes para a próxima
legislatura do Parlamento Europeu, que termina em 2014.
Único órgão da União
Européia que resulta de eleições diretas, o Parlamento Europeu tem um papel decisivo
na legislação que regulamenta a vida quotidiana de seus cidadãos. Da qualidade do
meio ambiente na Europa, ao emprego e proteção social, passando pela abertura das
fronteiras à imigração e as medidas de combate ao terrorismo, muitos são os temas
debatidos e votados pelos eurodeputados eleitos.
Por isso, as campanhas eleitorais
têm um ponto em comum: o apelo ao voto. Apesar de os poderes do Parlamento Europeu
terem aumentado progressivamente, os índices de participação ao voto têm decrescido.
Ontem, a Conferência Episcopal da Hungria pediu aos cidadãos que não se abstenham.
“Enquanto cidadãos responsáveis e pessoas de fé, participemos das eleições
e exerçamos o nosso direito, pois a nossa decisão é fundamental para que as futuras
decisões da União Européia possam servir o bem da Igreja e o nosso próprio bem” –
afirma a Conferência, num comunicado.
“Perante a ameaça à cultura cristã,
aos valores humanos e evangélicos, frequentemente rejeitados pelos próprios políticos
da União Européia, os cristãos devem agir, impulsionados pela fé cristã que apela
à partilha de responsabilidades na Europa e no país de origem”.
“Devemos apoiar
quem está disposto a defender e promover a dignidade e os direitos sociais do trabalho
e do trabalhador, e quem favorece a justiça na sociedade e entre as nações”, escrevem
os bispos.
“Aqueles que oferecem a solidariedade aos mais necessitados, trabalham
pelo bem comum de toda a humanidade e em função da defesa da natureza e da preservação
da criação, valorizando as riquezas das tradições nacionais e das minorias”, são,
segundo os bispos, os candidatos a serem votados. (CM)