Moscou, 20 mai (RV) - Cem dias após sua eleição como patriarca ortodoxo de
Moscou e de todas as Rússias, Kirill concedeu, nesta terça-feira, uma entrevista a
um jornal local, na qual diz aspirar a uma "Igreja mais aberta e mais próxima do homem".
"Teólogos e missionários contemporâneos – diz o patriarca – têm o dever de
aprender a ensinar as verdades e relacioná-las à nossa época, e de expressar a presença
de Cristo no mundo atual, na vida de hoje." Kirill ilustra também, o abismo existente
entre a prática religiosa, estável em 10-12%, e o número de batizados ortodoxos na
Rússia, estimado entre 60 e 80%.
Para ele, não é negativo que a ortodoxia
continue sendo uma espécie de "identidade cultural", mas isso "não basta! – argumenta.
"É preciso compreender e assumir seus fundamentos espirituais e éticos."
"A
adesão exterior deve ser seguida por uma vida interior. Existem aspectos da vida da
Igreja que exigem uma atenção maior, ou até mesmo transformações, sem, todavia, reformar
a doutrina da fé. Deus não muda" – conclui. (CM)