2009-05-19 13:59:05

TRÁFICO DE SERES HUMANOS NA ÁFRICA


Nairóbi, 18 mai (RV) – Na África Oriental o tráfico de seres humanos finalizado ao trabalho forçado ou à exploração sexual continua aumentando. É quanto emerge de um novo estudo realizado pela Koinonia Advisory Research and Development Service” (KARDS), uma agência católica de pesquisa para o desenvolvimento da África.

O estudo – refere a agência africana CISA – examinou dois países: Quênia e Tanzânia, utilizando informações fornecidas por cerca de 50 organizações não-governamentais, leigas e confessionais, comprometidas na luta contra o tráfico de seres humanos.

Como em outros lugares, as principais vítimas dessas novas formas de escravidão são os menores, sobretudo meninas, e mulheres. Na Tanzânia, os jovens, vítimas do tráfico, são utilizados nas plantações, mas minas, na pesca e em outras atividades da economia informal, enquanto as jovens são destinadas às áreas urbanas do Zamzibar, mas também para alguns países do Oriente Médio e até mesmo para a Europa, onde são utilizadas em trabalhos domésticos e muitas vezes terminam no giro da prostituição. Muitos homens adultos, por sua vez, vão para a África do Sul.

Segundo a investigação, no Quênia as crianças reduzidas à escravidão são destinadas aos trabalhos domésticos ou são utilizadas como vendedores ambulantes. São ainda levadas para o campo onde trabalham como pastores. Uma parte é conduzida para outros países africanos, Oriente Médio, em particular para a Arábia Saudita e aos Emirados Árabes Unidos, mas também para a Europa e América do Norte. Neste caso muitos são obrigados à prostituição, sobretudo as meninas.

Mas o Quênia e a Tanzânia são também países de trânsito para meninas e mulheres provenientes da Ásia e de outros países africanos e destinadas ao mercado da prostituição na Europa. Uma parte é explorada também no mercado do sexo local.

A alimentar esse tráfico – explica o relatório – como sempre é a pobreza, o desemprego, a marginalização, a globalização e a falta de registro anagráfico das crianças que as torna particularmente vulneráveis. O estudo revela ainda que o fenômeno é favorecido pela ausência de uma legislação ad hoc nos países interessados. (SP)







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