Colombo, 19 mai (RV) - Um sacerdote diocesano de Vanni, Padre Sarathjeevan,
que permaneceu ao lado de seus fiéis em meio ao combate, no norte do país, morreu
ontem à noite, vítima de um ataque cardíaco. Ele foi coordenador na área de Kilinochi
do Serviço Jesuíta para Refugiados, SJR, e o segundo sacerdote afiliado a esta instituição
a perder a vida em serviço no país. O primeiro, em setembro de 2007, caiu vítima de
uma mina terrestre.
Domingo, antes de rezar a oração do Regina Coeli, o papa
dirigiu o seu pensamento a este país asiático, assegurando o seu afeto e proximidade
espiritual aos civis que se encontram na área de combate: “Trata-se de milhares de
crianças, mulheres, anciãos, a quem a guerra tirou anos de vida e de esperança. Apelo
novamente aos responsáveis para que facilitem a saída da população civil e uno meu
chamado ao Conselho de Segurança das Nações Unidas, que dias atrás, exigiu garantias
de segurança para os civis”. Bento XVI pediu ainda às instituições humanitárias, inclusive
as católicas, que façam todo o possível para ir ao encontro das urgências alimentares
e médicas dos refugiados.
Após anunciar vitória na batalha contra os guerrilheiros
dos Tigres Tâmeis sobre todo o território, o governo de Sri Lanka negou ontem que
o governo seja responsável pela morte de civis na região de confronto, e pediu ajuda
internacional para os 250 mil refugiados.
Hoje de manhã, as agências de noticias
informaram que o Exército do Sri Lanka encontrou o corpo do líder máximo dos Tigres
de Libertação da Pátria Tâmil (LTTE). A guerrilha tâmil iniciou um levante armado
contra o governo central de Sri Lanka em 1983, reivindicando um Estado independente
no norte e leste da ilha, controlada pela maioria cingalesa. Desde então, morreram
mais de 70 mil pessoas, vítimas da violência. (CM)