2009-05-18 14:06:11

PAQUISTÃO: CATÓLICOS REZAM PELA PAZ


Faisalabad, 18 mai (RV) – Os católicos do Paquistão rezam pela paz na região de Swat e pela salvação dos deslocados em fuga da guerra entre o exército e os talibãs; fiéis muçulmanos, cristãos, hinduístas e sikhs condenam as violências dos extremistas islâmicos, no momento em que o país enfrenta o maior êxodo em massa de sua história.

Nos dias passados, Islamabad lançou uma "ofensiva final" contra as milícias fundamentalistas no Vale do Swat, acusadas de terem violado o acordo de paz que previa a introdução da lei da xariá em troca do cessar-fogo. Apoiados pela lei islâmica, nos últimos meses os extremistas deram início a uma violenta campanha de perseguição contra as minorias, com execuções sumárias e a destruição de escolas e institutos femininos.

Milhares de pessoas abandonaram Mingora, cidade mais importante do Vale do Swat. Os habitantes dos vizinhos distritos de Kanju e Kabal, aproveitam a suspensão do toque de recolher decidido pelos militares, para também deixar a região. O balanço de mortos é de 870 entre extremistas islâmicos e 45 entre militares do Governo. Cifras que não encontram, porém confirmações através de fontes independentes.

Ao mesmo tempo, o mundo católico se mobiliza para pedir a paz no país. Na noite da última sexta-feira, em Faisalabad, mais de 100 mulheres participaram de uma vigília de oração presidida pelo bispo local, Dom Joseph Coutts, e pelo diretor da Comissão Nacional "Justiça e Paz", Pe. Nisar Barkat.

O prelado sublinhou que as orações são "a chave" para se conseguir a paz, mas, ao mesmo tempo, é importante "condenar o extremismo" − ressaltou. Na conclusão do encontro os líderes católicos difundiram um comunicado no qual pedem ao Governo "que termine o mais rapidamente possível as operações militares e ajude os deslocados".

Neste dias, o Paquistão está enfrentando o maior êxodo em massa desde 1947, ano de sua fundação. O Alto Comissariado da ONU para Refugiados refere que mais de 830 mil civis deixaram o vale do rio Swat, para fugir das violências. Se o conflito continuar por mais tempo, o número de deslocados poderia chegar a um milhão e meio.

O programa de ajuda aos deslocados alcançará a cifra de 5 bilhões de dólares e poderá ter a duração de até 5 anos. (SP)







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