Bispos portugueses destacam contributo de Bento XVI para a paz no Médio Oriente
(17/5/2009) D. Jorge Ortiga, presidente da Conferência Episcopal Portuguesa (CEP),
acredita que a viagem de Bento XVI à Terra Santa dará um contributo significativo
para a paz no Médio Oriente. “Foi uma viagem de muita coragem, quase que entrar
no fogo, mas foi dentro desse tremendo problema que o Papa procurou deixar sementes
de paz, reconciliação, justiça”, disse à Agência ECCLESIA o Arcebispo de Braga. Falando
da importância de se promover a “concórdia na diferença”, o presidente da CEP lembra
que os povos da região “têm direito a um território”, subscrevendo as tomadas de posição
de Bento XVI. “Não é levantando muros que podemos construir um mundo de fraternidade
e de igualdade”, apontou. A presença do Papa na Terra Santa, acrescenta D. Jorge
Ortiga, ajudou a transmitir a ideia de que a “religião tem de ser um factor de união
entre os povos”. D. Manuel Clemente, Bispo do Porto, falou da sua “admiração”
pela capacidade demonstrada por Bento XVI, aos 82 anos, durante esta viagem, “num
local difícil da vida mundial”. Este responsável sublinha a “clareza” das palavras
e dos gestos do Papa, destacando que “tudo o que ali se passa (Médio Oriente, ndr)
influencia a vida política mundial no seu conjunto, como sabemos”. Desta passagem
de Bento XVI, fica clara a necessidade de uma coexistência entre “dois Estados”, o
israelita e o palestiniano, o fim dos muros bem como a unidade dos fiéis das várias
religiões como “contributo para a paz”.