Jerusalém 15 mai (RV) – No último dia desta sua histórica visita ao Oriente
Médio e à Terra Santa, Bento XVI esteve, esta manhã, depois de sua visita à Basílica
do Santo Sepulcro, em Jerusalém, na sede do Patriarcado Apostólico Armênio de Jerusalém,
onde foi recebido pelo Patriarca Torkom Manoukian. Os fiéis armênios na Terra Santa
são cerca de 10 mil. O papa visitou a Igreja Patriarcal Armênia e fez um discurso
aos fiéis presentes.
Bento XVI agradeceu a oportunidade de visitar a Igreja
Catedral de São Tiago, no coração do antigo bairro armênio de Jerusalém, e de se encontrar
com o clero do Patriarcado, assim como com os membros da comunidade armênia da Cidade
Santa.
O Santo Padre manifestou seu apreço pelo decidido compromisso da Igreja
Armênia em prosseguir no diálogo teológico entre a Igreja Católica e as Igrejas Ortodoxas
Orientais.
"Este diálogo − disse Bento XVI − apoiado na oração, fez progressos,
ao superar os mal-entendidos do passado; e oferece muitas perspectivas para o futuro.
Um particular sinal de esperança é o recente documento sobre a natureza e a missão
da Igreja, preparado pela Comissão Mista e apresentado às Igrejas, para ser estudado
e analisado."
O pontífice confiou o trabalho da Comissão Mista ao Espírito
de sabedoria e verdade, para que possa dar frutos abundantes para o crescimento da
unidade dos cristãos e fazer progredir a expansão do Evangelho entre os homens e as
mulheres do nosso tempo.
O Santo Padre recordou ainda, que, desde os primeiros
séculos cristãos, a comunidade armênia de Jerusalém teve uma importante história,
marcada por um extraordinário reflorescimento da vida e da cultura monásticas, ligadas
aos Lugares Santos e às tradições litúrgicas que se desenvolveram em torno desse reflorescimento.
Bento
XVI concluiu, afirmando que recorda, em suas orações, as famílias e em particular
as crianças e os jovens da Terra Santa e, ao mesmo tempo, pediu que eles rezem, "a
fim de que todos os cristãos da Terra Santa trabalhem juntos, com generosidade e zelo,
anunciando o Evangelho da nossa reconciliação em Cristo, e o advento do seu Reino
de santidade, justiça e paz". (SP)