2009-05-13 17:48:03

PAPA VISITA CAMPO DE REFUGIADOS: CORAGEM E IMAGINAÇÃO PARA ALCANÇAR A PAZ


Belém, 13 mai (RV) - Após visitar o Hospital Caritas Baby, na tarde desta quarta-feira, o papa seguiu para o campo de refugiados de Aida, onde vivem entre três e quatro milhões de palestinos.

O encontro com as autoridades políticas e representantes da ONU ocorreu no campo de basquete de uma escola feminina.

O pontífice assistiu a uma apresentação de dança do folclore palestino e diante de centenas de pessoas, manifestou sua solidariedade a todos os palestinos que perduram tudo: parentes, casa e trabalho.

Assim como no discurso na cerimônia de boas-vindas a Belém, o papa citou as vítimas do recente conflito de Gaza, afirmando que elas são constantemente recordadas em suas orações.

O pontífice agradeceu às inúmeras agências da Igreja que trabalham no local, entre elas, a comunidade franciscana. São Francisco, aliás, foi citado várias vezes no discurso do Santo Padre, por ser um defensor da paz:

"Quanto as pessoas deste campo e de toda a região anseiam a paz. Agora, vocês se encontram em condições precárias e difíceis, com limitadas oportunidades de emprego" – afirmou, acrescentando que é compreensível o sentimento de frustração, já que as aspirações a uma pátria permanente, a um Estado Palestino independente, permanecem incompletas.

Em meio a uma espiral de violência, de ataques e contra-ataques, de vinganças e de destruições contínuas, é duro constatar que as negociações entre israelenses e palestinos se encontram em um "ponto morto" – e o muro simboliza essa inércia.

"Em um mundo em que as fronteiras estão sempre mais abertas, é trágico ver que ainda hoje são construídos muros. Quanto rezamos ardentemente para que acabem as hostilidades que causaram sua construção!"

De ambos os lados do muro, afirmou o pontífice, é necessário grande coragem para superar o medo e a desconfiança. É preciso magnanimidade para buscar a reconciliação depois de anos de confrontos armados.

Bento XVI constatou que a ajuda humanitária tem um papel essencial a desempenhar; todavia, a solução a longo prazo para o conflito só pode ser política, com o apoio da comunidade internacional, mas com a coragem e a imaginação de israelenses e palestinos.

O papa conclui seu discurso com alguns trechos da famosa "Oração da Paz" de S. Francisco: "Onde houver ódio, que eu leve o amor; onde houver ofensa, que eu leve o perdão; onde houver tristeza, que eu leve a alegria; onde houver trevas, que eu leve a luz". (BF)







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