2009-05-13 14:08:05

O nosso mundo encontra-se submerso em profundas crises de fé, de ética, de humanidade e parece ter perdido a orientação moral”. O card. D. Óscar Maradiaga na homilia da Missa do 13 de Maio em Fátima


(13/5/2009) O recinto do Santuário de Fátima encheu para acompanhar a procissão e participar na Eucaristia deste 13 de Maio, celebração que marcou os 92 anos das aparições em Fátima. 123 grupos de 25 países uniram-se aos milhares de portugueses que se deslocaram à Cova da Iria.
A presidir à celebração esteve D. Óscar Maradiaga, Presidente da Cáritas Internacional. Na sua homilia, o Cardeal hondurenho referiu que “o nosso mundo encontra-se submerso em profundas crises de fé, de ética, de humanidade e parece ter perdido a orientação moral”.
“A crise financeira que estamos a viver é simplesmente um sinal disto. A mão invisível que supostamente teria que guiar o mercado, tornou-se uma mão desonesta e cheia de cobiça”, denunciou.
"Já não sabe onde está a fronteira entre o bem e o mal. Pode ser que tenha uma próspera bolsa de valores, mas sem valores”, disse ainda.
D. Óscar Maradiaga destacou que "a Virgem de Fátima trouxe-nos a mensagem do Santo Rosário que não passou de moda, como pensam alguns".
"Maria ajuda a manter vivas as atitudes de atenção, de serviço, de entrega e de gratuidade que devem distinguir os discípulos do seu Filho. Indica, além disso, qual é a pedagogia para que os pobres, em cada comunidade cristã, se sintam como em sua casa", apontou.
O Arcebispo de Tegucigalpa falou do exemplo de Maria e da actualidade da mensagem de Fátima: “Na primeira aparição de Nossa Senhora de Fátima, parecia que estava perdida toda a esperança. Ameaças terríveis espreitavam o mundo. Ela veio trazer-nos a esperança que brota da Divina Providência de um Deus que é amor e que não abandona a obra das suas mãos”.
Também hoje, prosseguiu, "com o exemplo e o auxílio da Virgem, as comunidades cristãs continuam a missão de conduzir ao encontro com Cristo e, por isso, a invocamos novamente como Estrela da nova evangelização”.
“Que Nossa Senhora de Fátima, que concebeu primeiro a Jesus Cristo no coração e depois nas suas entranhas, continue a ser mãe e modelo de fecundos discípulos missionários na Igreja de Portugal e de todo o mundo e nos guie nos novos caminhos pastorais e espirituais”, em especial neste tempo de dificuldade, concluiu.
( Com Ecclesia )







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