São Paulo, 10 mai (RV) - No Evangelho, Jesus se apresenta como a verdadeira
vinha, aquela que corresponde ao projeto do Pai, que produz, em abundância, bons frutos.
O senhor está fazendo contraponto à antiga videira que é a Aliança Antiga, boa, mas
repleta de situações em que o perdão e a misericórdia ficam em segundo plano, depois
do cumprimento da Lei.
Na videira verdadeira temos uma nova sociedade onde
todos os discípulos, isto é, todos os ramos, são colocados no mesmo nível, onde não
existe hierarquia, mas Jesus, o tronco, acolhe a todos igualmente e o Pai é o agricultor.
Consequentemente esses ramos produzem bons frutos. A seiva que os nutre são os dons
do Espírito Santo e seus frutos são de qualidade excelente!
Quando é necessário
o Pai, isto é, o Divino Agricultor poda esses ramos par que ganhem mais força e sejam
mais produtivos. Não é castigo e nem purificação, mas procedimento de fortalecimento
e fecundidade. Se encararmos as podas desse modo, veremos que elas são graças, bênçãos!
No
versículo 3º, Jesus disse que sua Palavra nos purifica. É ela que nos abre o caminho
para que a seiva percorra nossos vasos, nos limpando e reforçando nossos liames com
o Pai e, consequentemente, com os demais ramos.
Todo esse trabalho do Pai:
união com seu Filho, podas, abertura à Palavra, comunhão com Ele e com os irmãos é
para que demos excelentes frutos. Do mesmo modo que se reconhece na beleza das flores
de um jardim, na qualidade das hortaliças de uma plantação, nos frutos de uma árvore
o trabalho do agricultor, nos excelentes frutos produzidos pelo homem se reconhece
a ação de Deus.
Queridos irmãos, ouvintes da Rádio Vaticano, estejamos sempre
unidos a Jesus, para que os homens possam se alimentar de nossos frutos e, assim,
glorificar nosso Pai que está no céu. (CAS)