Peregrinação apostólica de Bento XVI á Terra Santa com etapas na Jordânia, Israel
e Territórios palestinianos: viagem de reconciliação e de paz e encorajamento para
os cristão daquela região
(6/5/2009) A poucos dias da partida para a Terra Santa, Bento XVI afirmou que a sua
viagem quer testemunhar o “empenho da Igreja Católica a favor de todos os que se esforçam
para praticar o diálogo e a reconciliação, para alcançar uma paz estável e duradoira
na justiça e no respeito recíproco”. Bento XVI inicia esta Sexta-feira, dia 8
de Maio, uma viagem apostólica à Jordânia, Israel e Territórios Palestinianos, num
périplo que finda dia 15. No Domingo antecedente à visita, o Papa pediu “orações
pela viagem”. “Nas pegadas dos meus venerados predecessores Paulo VI e João Paulo
II serei peregrino nos principais lugares santos da nossa fé”, referiu, adiantando
querer encorajar os cristãos da Terra Santa que “quotidianamente enfrentam dificuldades”.
O Papa referiu, com esta viagem, ser “peregrino de paz, em nome do único Deus
que é Pai de todos”. A dimensão ecuménica e inter-religiosa não está esquecida.
“Jerusalém é deste ponto de vista, a cidade símbolo por excelência. Cristo morreu
para trazer a unidade todos os filhos de Deus que andavam dispersos”. Bento XVI
irá tornar-se o terceiro Papa dos tempos modernos a visitar a Terra Santa, depois
de Paulo VI (1964) e João Paulo II (2000). Viagem corajosa Um acto
de coragem, de esperança e de fé foram aspectos destacados pelo Pe. Federico Lombardi
ao apresentar a viagem de Bento XVI à Terra Santa. O porta voz da Sala de Imprensa
do Vaticano admitiu que esta viagem apostólica desenvolve-se num contexto “que não
é favorável ao ambiente de serenidade” e que atinge, “depois de um conflito, como
foi o de Gaza, tensões entre o Hamas e o Fatah e com um novo governo israelita. Será
uma viagem de reconciliação e de paz para todo o povo” e uma “confirmação de um encorajamento
para os cristão da Terra Santa”. Da viagem o responsável pela sala de imprensa
destaca a visita ao memorial de Yad Vashem, em Israel, agendada para a manhã do dia
11 de Maio, onde Bento XVI vai ouvir os testemunhos de seis sobreviventes do Holocausto.
Na etapa em Belém, no dia 13 de Maio, está previsto um encontro com uma delegação
de palestinianos de Gaza e de West Bank. Na etapa no Muro das Lamentações Bento XVI
irá deixar uma mensagem numa das fissuras do muro, tal como João Paulo II o fez em
2000. Uma viagem muito esperada, “talvez a de maior empenho do pontificado de
Bento XVI”. É grande o risco que na grande comunicação internacional e no mundo politico
tudo seja visto através do filtro da política, esquecendo as muitas outras facetas”.
A parte judaica a realçar “as declarações do Papa que lhe serão favoráveis e a parte
árabe á espera de uma intervenção que mude a situação política, social e económica
em que vivem os palestinianos”. Uma peregrinação apostolica para acompanhar “não
apenas com as orações diárias, mas também com aquela mobilização espiritual que João
Paulo II chamava «a grande oração»”. Calendário A viagem (12ª viagem
internacional de Bento XVI) inicia-se a 8 de Maio, com a chegada ao aeroporto de Amã,
na Jordânia. Bento XVI visita o centro “Regina Pacis” e o Palácio Real, onde se encontrará
com os Reis do país. No Sábado, 9 de Maio, o Papa vai ao Monte Nebo, para visitar
a antiga Basílica do Memorial de Moisés. onde Bento XVI se encontra com chefes religiosos
muçulmanos, o corpo diplomático e os reitores das universidades jordanas. A 10
de Maio, Domingo, o Papa preside à Missa no Estádio Internacional de Amã. De tarde,
o destino será o Rio Jordão, onde os Evangelhos relatam o Baptismo de Jesus. A
chegada a Telavive, já em Israel, acontece na manhã de 11 de Maio. Na Segunda-feira,
Bento XVI chega a Jerusalém, para encontrar-se com o presidente de Israel. Mais tarde
o Papa visitará o memorial de Yad Vashem, em memória as vítimas do Holocausto. O dia
conclui-se com um encontro com organizações para o diálogo inter-religioso. O
dia seguinte começa na Cúpula da Rocha (Mesquita de Omar), na esplanada das Mesquitas.
O Papa encontra-se com o Grão-Mufti de Jerusalém. Daqui, Bento XVI segue para o Muro
das Lamentações antes de se encontrar com os Grão-Rabinos de Jerusalém no centro “Hechal
Shlomo”, tal como João Paulo II fizera em 2000. A tarde é dedicada a encontros e celebrações
com a comunidade católica da Terra Santa. Na Quarta-feira, 13 de Maio, Bento XVI
segue para Belém, onde visita a Gruta da Natividade, o hospital infantil da Cáritas
e o campo de refugiados de Aida, concluindo o dia junto do presidente da Autoridade
Nacional Palestiniana. A 14 de Maio, o Papa desloca-se a Nazaré, onde se encontrará
com o primeiro-ministro. Bento XVI reúne-se ainda com os chefes religiosos da Galileia
e visita a Gruta da Anunciação. A viagem termina no dia 15, Sexta-feira, com um
encontro ecuménico, a visita ao Santo Sepulcro e à Igreja Patriarcal Arménia Apostólica
de São Tiago.