2009-05-05 18:46:59

CRESCE EXPECTATIVA DOS CATÓLICOS NA TERRA SANTA PELA CHEGADA DE BENTO XVI


Jerusalém, 05 mai (RV) - O núncio apostólico em Israel e delegado apostólico em Jerusalém e Palestina, Dom Antonio Franco, o patriarca latino de Jerusalém, Dom Fouad Twal, o vigário patriarcal latino para Israel, Dom Giacinto Marcuzzo, e o custódio da Terra Santa, Fr. Pierbattista Pizzaballa, concederam uma coletiva de imprensa, durante a qual ilustraram os últimos preparativos para a visita apostólica de Bento XVI à Terra Santa, que se realizará de 8 a 15 do corrente. Sobre a expectativa da comunidade católica para a chegada do Santo Padre à Terra Santa, na próxima sexta-feira, a Rádio Vaticano ouviu o testemunho do patriarca latino de Jerusalém, Dom Fouad Twal. Eis o que disse:

Dom Fouad Twal:- "Nós o aguardamos com alegria, com esperança e entusiasmo: vemos nele um sinal da Providência, que vem rezar conosco, por todos nós, pela paz, por todos os habitantes da Terra Santa. É um pai que começará a encorajar os fiéis na Jordânia, e depois continuará. Devemos ter um coração grande, não nos limitarmos às pequenas coisas, às mesquinharias. Pelo contrário, o belo gesto do pontífice deve ser retribuído com um belo gesto da nossa parte, mediante a hospitalidade, acolhimento e coragem."

P. No Regina Coeli de domingo passado o papa disse que fará essa visita apostólica como peregrino, para encorajar os cristãos da Terra Santa, que diariamente devem afrontar muitas dificuldades. Quais são essas dificuldades? O senhor falou de "calvário da comunidade cristã" local...

Dom Fouad Twal:- "Basta ir daqui a Belém, a Nazaré, para ver esse calvário: todas as barreiras policiais que existem, o muro diante do qual nos deparamos... Não podemos chegar até o aeroporto, temos problemas de vistos que não saem nunca, o problema da reunificação das famílias cristãs entre Jerusalém Leste e Ramallah. E mais ainda: a destruição das casas, sua demolição. Esse é o calvário de uma Igreja, porém não devemos nos esquecer que o calvário foi seguido de uma ressurreição. Nós esperamos a ressurreição e jamais nos detemos no calvário."

P. A comunidade cristã sofre com o lento, mas contínuo êxodo dos cristãos que deixam a Terra Santa?

Dom Fouad Twal:- "É claro que sofremos todos. Somente em Jerusalém, temos apenas 10 mil cristãos – entre católicos, ortodoxos e protestantes – diante de uma comunidade muçulmana de 250 mil pessoas e uma comunidade de 550 mil israelenses. Fazemos o possível para frear e limitar o máximo possível essa emigração. Porém, cabe aos próprios cristãos entender que a sua presença aqui é uma missão; que devem aceitar os obstáculos e não abandonar este lugar diante dos problemas. É aqui que se encontra a Terra Santa, que se encontram as nossas raízes." (RL)







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