São Paulo, 03 mai (RV) - No Evangelho deste domingo, Jesus diz que ele é o
bom pastor, aquele que dá a vida, se despoja dela em favor do rebanho. Isso ele o
fez de fato na cruz. Mas Jesus chegou à cruz porque sua vida foi um constante despojar-se
de si mesmo em favor do outro, daqueles que havia recebido do Pai, com a missão de
levá-los até Ele.
Jesus realiza essa sua missão onde estão os filhos de Deus:
no Templo e na sociedade.
No Templo, Jesus os liberta do jugo dos sacerdotes,
que se preocupam mais com a legalidade dos fatos, do que com o bem estar das pessoas.
Aqueles que encontram Jesus, encontram a porta para se libertarem de uma religião
sufocante e essa mesma porta os conduz para o convívio amoroso e, por isso, libertador
com o Pai. Nesse gesto de libertar, Jesus contraria os interesses dos opressores e
é condenado à morte. Ele se despoja da vida para que a tenhamos. Por isso Jesus é
o bem pastor.
Na sociedade Jesus liberta enquanto indistintamente faz o bem.
Ele é o pastor universal!
Podemos refletir e ver como vivemos esse carisma
de Jesus que, pelo batismo, também se tornou nosso. Como pastoreamos nossa família,
nossos amigos, nossos colegas e nós mesmos? Somos portas libertadoras, que se abrem
para que o outro passe para o encontro com a felicidade? Ou somos porta de uma arapuca,
uma armadilha, que prende quem se aproxima da gente?
Queridos irmãos, ouvintes
da Rádio Vaticano, sejamos como Jesus. Sejamos bons pastores a ponto de nos despojarmos
de tudo em favor da felicidade, da salvação eterna de nossos próximos! (CAS)