PRESIDENTE DA ITÁLIA OFERECE CONCERTO AO PAPA

Cidade do Vaticano, 1º mai (RV) – O presidente da Itália, Giorgio Napolitano, ofereceu ao Santo Padre, na tarde de ontem, na Sala Paulo VI, no Vaticano, um concerto pelos seus quatro anos de pontificado.

Antes, porém, ambos os chefes de Estado se reuniram na antecâmara da Sala Paulo VI, para uma breve troca de idéias e para que Napolitano fizesse suas felicitações ao papa.

O concerto foi oferecido pela Orquestra e pelo Coral Sinfônicos "Giuseppe Verdi", de Milão, dirigidos pelos Maestros Xian Zhang e Erina Gambarini, que executaram músicas de Haydyn, Mozart e Vivaldi.

Ao término do concerto, o presidente italiano fez um discurso, seguido pelo pronunciamento do pontífice, que lhe expressou a sua mais viva gratidão pela homenagem musical, como também aos maestros, músicos e cantores.

A escolha das peças musicais − disse o papa − são bastante consoantes com o tempo litúrgico que estamos vivendo: o tempo pascal. De fato, fazendo uma comparação entre a execução e o nosso espírito, o Santo Padre disse que isso nos faz pensar ao itinerário da alma rumo à paz e à serenidade.

"A sinfonia 35, de Mozart, vem quase amplificar e coroar a afirmação da vida sobre a morte, da alegria sobre a tristeza. Com ela, de fato – sublinhou o pontífice − prevalece, decididamente, o sentido de festa. Tudo acontece em máximo nível, como no amor de Deus, em que poder e graça coincidem."

"Depois − ressaltou Bento XVI − o coral desce em campo, como se quisesse dar voz à expressão da música. Aqui, a meditação abre alas à contemplação. Assim, a música de torna realmente oração, abandono do coração a Deus, com um profundo sentido de paz."

Por fim, o pontífice agradeceu, mais uma vez, ao presidente Napolitano, pela gentil e generosa homenagem que nutre o espírito. "Faço-lhe minhas melhores felicitações para continuar na sua alta missão, extensivas também às autoridades presentes. Recomendo-me às suas orações, para que eu possa cumprir sempre com o meu ministério, segundo a vontade de Deus" – disse o papa. (MT)