Itaici, 29 abr (RV) - AComissão Pastoral da Terra (CPT) apresentou
ontem na Assembleia Geral da Conferência Nacional dos Bispos do Brasi um relatório
sobre a violência rural em que aponta que o número de conflitos no campo caiu de 1.538
em 2007 para 1.170 no ano passado.
"Apesar da redução de ocorrências, o total
de assassinatos de pessoas envolvidas se manteve inalterado - 28 em cada um dos dois
anos", afirmou o presidente da CPT, Dom Ladislau Biernaski, bispo de São José dos
Pinhais (PR). O Pará registrou o maior número de assassinatos - passando de cinco
para 13 mortes, apesar dos conflitos tenham se reduzido de 300 em 2007 para 245 em
2008.
O relatório da CPT responsabiliza o agronegócio e a falta de reforma
agrária pela violência. "O avanço do desenvolvimento da agricultura capitalista no
campo brasileiro em sua versão moderna continua trazendo consigo, igualmente, suas
principais características sociais: a violência e a barbárie. A ausência da reforma
agrária tem mantido a conflitividade e a violência no campo - mazelas que o governo
Lula ainda não conseguiu resolver", afirma o texto. (CM)