(26/4/2009) O Chefe de Estado-maior General das Forças Armadas (CEMGFA) classificou,
hoje, em Roma, que S. Nuno Álvares Pereira um “exemplo” para as chefias militares,
compreendendo essas funções como “poderes de serviço” e não de “mando”. Em declarações
à Lusa no final das cerimónias de canonização no Vaticano, o general Valença Pinto
considerou o discurso de Bento XVI alusivo aos feitos guerreiro do Condestável como
“observações extremamente pertinentes e felizes” para a hierarquia militar. Além
das Forças Armadas portuguesas, “estou a representar os valores militares que não
são diferentes dos outros valores da sociedade, embora, porventura vividos de modo
mais intenso, mais exigente e mais recorrentemente chamados à atenção”, afirmou. Tratam-se
de “valores de serviço a ideais superiores de bem-estar, paz e liberdade” e o Condestável
foi um “exemplo” como “chefe militar” no “serviço ao país e à sociedade”. “São
valores que só podem ser compreendidos e bem vividos se forem praticados com despojamento
e isso Nuno Álvares fê-lo de um modo exemplar”, explicou Valença Pinto. “No Estado
e nas Forças Armadas, quaisquer poderes têm que ser compreendidos como poderes de
serviço e não como poderes de competência, de exercício ou de mando”, alertou o general.
Com LUSA