Cidade do Vaticano, 25 abr (RV) - A celebração dos 800 anos da aprovação pontifícia
das primeiras "regras" da vida franciscana é um evento que merecia o belo discurso
proferido pelo papa, no último dia 18, além da renovação – em sua presença – dos votos
religiosos de tantos representantes das diversas famílias franciscanas presentes na
audiência pontifícia.
Todos os santos da Igreja tomaram o Evangelho como regra
para a própria vida, mas na figura de Francisco essa opção resplandece com particular
transparência, até mesmo nas feridas da paixão e do amor que refletem as chagas de
Cristo.
Na pobreza, na simplicidade e na caridade de Francisco, o povo cristão
sempre reconheceu, facilmente, a genuinidade da inspiração evangélica, e mesmo além
dos confins da Igreja, homens de todos os credos religiosos e de toda orientação humana
perceberam a genuína e poderosa mensagem de amor e de paz contida nas regras franciscanas
e no seu estilo de vida.
Um carisma extraordinário, portanto, que supera o
tempo e que teve como objetivo, desde o início, submeter-se ao discernimento da autoridade
da Igreja, para inserir – como sublinhou o papa – o pequeno "nós" da comunidade que
estava nascendo, no grande "nós" da Igreja una e universal.
É claro que isso
fez com que a fecundidade do carisma franciscano tenha sido garantida e imensamente
multiplicada ao longo dos séculos.
"Vai, Francisco, e reconstrói a minha Igreja!"
– diz o Crucificado ao "Pobrezinho de Assis". "Vão e continuem a reconstruir a casa
do Senhor, a sua Igreja!" – diz Bento XVI, convidando os seguidores de São Francisco
a reconstruírem o homem das ruínas do pecado, e a continuarem a ajudar os pastores
da Igreja a renovarem o rebanho do Senhor.
Frescor perene de uma vocação que
é dom para todos! Evangelho traduzido em vida, pela contínua juventude da Igreja e
pela paz da família humana! (Pe. Federico Lombardi
S.I.)