Cidade do Vaticano, 20 abr (RV) – Ao término da oração mariana do "Regina Coeli",
ontem, em Castel Gandolfo, Bento XVI recordou que hoje se inicia, em Genebra, a Conferência
das Nações Unidas para o exame da Declaração de Durban-2001, contra o racismo, a discriminação
racial, a xenofobia e a intolerância.
Trata-se − disse o papa − de uma iniciativa
importante, porque, ainda hoje, não obstante os ensinamentos da história, se registram
esses fenômenos deploráveis.
A Declaração de Durban − recordou o pontífice
− reconhece que "todos os povos e pessoas formam uma só família humana, rica na sua
diversidade". "Eles contribuíram para o progresso da civilização e das culturas que
constituem o patrimônio comum da humanidade. A promoção da tolerância, do pluralismo
e do respeito pode conduzir a uma sociedade mais abrangente" − acrescentou o papa.
"A
partir de tais afirmações − refletiu o pontífice − é necessária uma ação firme e concreta,
em âmbito nacional e internacional, para prevenir e eliminar toda forma de discriminação
e de intolerância. Necessita-se, sobretudo, de uma ampla obra de educação, que exalte
a dignidade da pessoa e tutele seus direitos fundamentais."
A Igreja, por sua
vez − frisou Bento XVI reafirma que "somente o reconhecimento da dignidade do homem,
criado à imagem e semelhança de Deus, pode constituir uma referência segura nesse
sentido". Dessa origem comum − assinalou − nasce o destino comum da humanidade, que
deveria suscitar em cada um de nós, um forte sentido de solidariedade e de responsabilidade.
"Faço meus sinceros votos − exortou o Santo Padre − de que os delegados presentes
na Conferência de Genebra trabalhem juntos, em espírito de diálogo e de acolhimento
recíproco, a fim de que se acabe com toda forma de racismo, discriminação e intolerância,
marcando, assim, um passo fundamental em relação à afirmação do valor universal da
dignidade do homem e seus direitos, num clima de respeito e de justiça para cada pessoa
e povo.". (MT)