2009-04-12 13:35:43

NA VIGÍLIA PASCAL, PAPA EXPLICA O QUE É A RESSURREIÇÃO


Cidade do Vaticano, 12 abr (RV) - Ontem à noite, Sábado Santo, Bento XVI presidiu à Vigília Pascal na Basílica de S. Pedro, diante de cinco mil pessoas.

Em especial, o papa explicou do que se trata a ressurreição. Por não entrar no âmbito das nossas experiências, esta mensagem acaba incompreendida, como se fosse algo do passado. A Igreja, por sua vez, procura levar-nos à sua compreensão, traduzindo este acontecimento misterioso na linguagem dos símbolos. Na Vigília Pascal, disse o pontífice, o significado deste dia nos é indicado através de três símbolos: a luz, a água e o cântico do aleluia.

Temos, em primeiro lugar, a luz. Onde há luz, nasce a vida. Na mensagem bíblica, a luz é a imagem mais imediata de Deus: Ele é todo Resplendor, Vida, Verdade, Luz. A ressurreição de Jesus é uma irrupção de luz. Ele é a Luz pura: é o próprio Deus, que faz nascer uma nova criação no meio da antiga, transforma o caos em cosmos.

Na Vigília Pascal, a Igreja representa o mistério da luz de Cristo no sinal do círio pascal, cuja chama é simultaneamente luz e calor. O simbolismo da luz está ligado com o do fogo: resplendor e calor, resplendor e energia de transformação contida no fogo. Verdade e amor andam juntos.

"Peçamos ao Senhor que a pequena chama da vela, que Ele acendeu em nós, a luz delicada da sua palavra e do seu amor, no meio das confusões deste tempo, não se apague em nós, mas se torne cada vez mais forte e mais resplendorosa. Para que sejamos com Ele pessoas do dia, astros para o nosso tempo."

O segundo símbolo da Vigília Pascal – a noite do Batismo – é a água. Na Sagrada Escritura, ela aparece com dois significados opostos. De um lado, há o mar que se apresenta como o poder antagonista da vida sobre a terra, como a sua contínua ameaça, à qual, porém, Deus colocou um limite. É o elemento da morte. O outro significado é a água como nascente fresca, que dá a vida, ou também como o grande rio de onde provém a vida. Sem água, não há vida.

Cristo é nascente de água viva. D’Ele brota o grande rio que, no Batismo, faz frutificar e renova o mundo; o grande rio de água viva é o seu Evangelho que torna fecunda a terra. No Batismo, o Senhor faz de nós não só pessoas de luz, mas também nascentes, das quais brota água viva.

O terceiro grande símbolo da Vigília Pascal é de natureza muito particular; envolve o próprio homem. É a entoação do cântico novo: o aleluia. Quando uma pessoa experimenta uma grande alegria, não pode guardá-la para si. Deve manifestá-la, transmiti-la. O falar já não basta. Ela tem de cantar.

Desde que Jesus ressuscitou, a gravitação do amor é mais forte que a do ódio; a força de gravidade da vida é mais forte que a da morte. "Porventura, concluiu o papa, não é esta a situação da Igreja de todos os tempos? Sempre dá a impressão de que ela deva afundar e, todavia, já está salva. A mão salvadora do Senhor nos sustenta e assim podemos cantar desde já o cântico dos redimidos, o cântico novo dos ressuscitados: Aleluia!"

Durante a celebração, cinco catecúmenos receberam o sacramento da iniciação cristã: três italianos, uma chinesa e uma norte-americana. (BF)







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