2009-04-09 19:21:48

NA SANTA MISSA IN COENA DOMINI, PAPA PEDE QUE DEUS NOS PROTEJA DAS VAIDADES E NULIDADES


Cidade do Vaticano, 09 abr (RV) - Na tarde deste Quinta-feira Santa, abertura do tíduo pascal, Bento XVI presidiu, na basílica papal de São João de Latrão, à santa missa "in coena Domini".

Em sua homilia na celebração da santa missa "in coena Domini", agora há pouco, o pontífice sublinhou que "a liturgia da Quinta-feira Santa insere no texto da oração a palavra "hoje", sublinhando, desse modo, a dignidade particular deste dia".

"Foi "hoje" que Ele o fez: deu-Se a Si mesmo disse o papa para sempre, no sacramento do seu Corpo e do seu Sangue. Este "hoje" é antes de tudo o memorial da Páscoa de então. Mas é mais do que isso. Com o Cânone, entramos neste "hoje". O nosso hoje entra em contato com o seu hoje. Ele faz isto agora. Com a palavra "hoje", a liturgia da Igreja quer induzir-nos a olhar com grande atenção interior para o mistério deste dia, para as palavras com que o mesmo se exprime."

Chamando a atenção para a importância das palavras de Jesus na instituição da Eucaristia, palavras que são, elas mesmas, uma oração, Bento XVI evidencia o mistério do ato sacerdotal da consagração...

"Somente na oração se realiza argumentou o pontíficeo ato sacerdotal da consagração, que se torna transformação, transubstanciação dos nossos dons de pão e vinho em Corpo e Sangue de Cristo. Rezando neste momento central, a Igreja está em total acordo com o acontecimento no Cenáculo, porque o agir de Jesus é descrito com as palavras: "gratias agens benedixit – dando graças, abençoou-o."

O Santo Padre ilustrou o ministério sacerdotal, explicando que, na ordenação sacerdotal, as mãos dos presbíteros são ungidas para se tornarem "mãos de bênçãos", para tornar presente a bondade de Cristo. Na consagração, o Senhor nos ensina a erguer o olhar, distanciando-nos das coisas do mundo...

"Pedimos ao Senhor que proteja os nossos olhos disse Bento XVIpara que não vejam e deixem entrar em nós as vaidades, as nulidades e aquilo que é apenas "aparência". Pedimos que, através dos olhos, não entre em nós o mal, falsificando e manchando, assim, o nosso ser. Mas queremos rezar, principalmente, para ter olhos que vejam tudo o que é verdadeiro, esplendoroso e bom; a fim de nos tornarmos capazes de ver a presença de Deus no mundo. Pedimos para vermos o mundo com olhos de amor, com os olhos de Jesus, reconhecendo, assim, os irmãos e irmãs que precisam de nós, que estão à espera da nossa palavra e da nossa ação."

O papa se deteve a comentar o gesto de Cristo, de repartir o pão, depois de tê-lo abençoado, sublinhando que "através da partilha é que se cria a comunhão", e recordando que "o alimento de que o homem mais necessita, no fundo de si mesmo, é a comunhão com o próprio Deus". A Eucaristia, portanto, é a comunhão, a partilha, uma atitude que alude à natureza íntima do gesto: o amor que se tornou corpóreo – disse o pontífice.

"Peçamos ao Senhor para que possamos compreender, cada vez mais, a grandeza deste mistério, a fim de ele desenvolva sua força transformadora no nosso íntimo, de modo que possamos nos tornar verdadeiramente consanguíneos de Jesus, permeados pela sua paz e, desta maneira, também em comunhão uns com os outros" disse o papa.

O Santo Padre concluiu sua homilia com uma breve oração: "Senhor, hoje nos deste a tua vida, nos deste a Ti mesmo. Insere em nós o teu amor. Faz-nos viver no teu "hoje". Torna-nos instrumentos da tua paz. Amém." (AF)







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