2009-04-07 17:11:50

RUANDA LEMBRA GENOCÍDIO COM UM ALERTA À COMUNIDADE INTERNACIONAL


Kigali, 07 abr (RV) - O presidente de Ruanda, Paul Kagame, lidera, nesta terça-feira, em Nyanza, ao sul da capital, Kigali, uma cerimônia para lembrar os 15 anos do genocídio que ceifou a vida de mais de 800 mil pessoas no país.

O local tem grande valor simbólico: na colina de Nyanza, milhares de pessoas foram massacradas no dia 11 de abril de 1994, depois de o contingente belga da ONU que as protegia, ter batido em retirada. A Bélgica resolveu retirar suas tropas, depois que soldados da força da ONU foram mortos por tropas ruandesas.

A ocasião será lembrada como um fracasso da comunidade internacional, na tentativa de impedir a matança, e como uma advertência aos líderes mundiais, para que não ignorem o genocídio. Logo mais à noite, será realizada uma vigília que incluirá a leitura de mensagens de solidariedade enviadas de vários países.

Ruanda deu vários passos em busca da reconciliação entre as comunidades tutsi e hutu, e alguns dos que incitaram à violência foram julgados pelo Tribunal Internacional para Ruanda, sediado em Arusha, Tanzânia. Entre eles está o ex-coronel do exército ruandês Theoneste Bagosora, que foi condenado à prisão perpétua, no ano passado, por instigação ao genocídio. Ele chefiou o comitê de extremistas hutus que planejou o massacre.

A promotoria afirmou que ele teve um papel preponderante no planejamento do extermínio, e foi ele quem criou a milícia "Interahamwe" − gangues de extremistas hutus que executaram boa parte das mortes.

Muitos dos suspeitos, todavia, continuam foragidos. E, embora a nova geração tenha liderado esforços em prol da reconciliação, muitas pessoas da geração precedente têm dificuldades em perdoar os autores intelectuais e materiais do genocídio. (AF)







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