270 mortos, 1.500 feridos e milhares de desalojados: são os números frios do sismo
que abalou a Itália central na noite de Domingo. A solidariedade dos bispos italianos
(7/4/2009) Na Itália as equipas de socorro trabalharam toda a noite de ontem e prosseguiam
já hoje, lançando mão de escavadoras mecânicas e abrindo caminho com as próprias mãos,
para encontrar sobreviventes do mais violento sismo que a Itália teve em três décadas.
Mais de 24 horas depois do sismo – que atingiu a região de Abruzzo, no centro da
Italia – as autoridades elevavam o balanço de vítimas mortais para 207 pessoas, os
feridos a ascenderem aos 1500, e os desalojados 17 mil Mais de 100 pessoas foram
retiradas vivas dos escombros – duas delas já ao início da madrugada de hoje – mas
com muitas ainda desaparecidas, pelo menos 34, os serviços de protecção civil admitem
que as esperanças de encontrar mais alguém com vida são já muito escassas. O sismo
– de um grau entre os 5,8 e os 6,3 na escala de Richter – abalou Abruzzo pouco depois
das 3h30 locais deitando abaixo casas, igrejas antigas e muitos outros edifícios em
26 cidades e vilas da região, a uns 100 quilómetros de distância de Roma. Em L’Aquila
apenas, a cidade mais fortemente atingida, as autoridades estimam que dois terços
dos edifícios ruíram totalmente.
A polícia manteve igualmente uma noite de
trabalho intenso, numa vigilância apertada das casas deixadas de entranhas de fora
pelo sismo. Várias pessoas foram detidas por pilhagem. Milhares de tendas foram montadas
em parques e campos de futebol para acolher os desalojados pela catástrofe; muitos
optaram por dormir nos seus carros. Profunda tristeza pela catástrofe e solidariedade
às populações atingidas por este dramático evento”. É o que afirma a presidência da
Conferência Episcopal Italiana num comunicado divulgado na tarde de ontem.
“Enquanto
nos recolhemos em oração por todas as vítimas – escrevem os bispos italianos – fazemos
votos de que a rede de paróquias, institutos religiosos e movimentos de leigos contribua
para aliviar as difíceis condições nas quais milhares de pessoas se encontram neste
momento. Fazemos votos que a generosidade de muitos ajude a diminuir a dor física
e o sofrimento moral de quem viu em poucos segundos a destruição de uma vida de sacrifícios
e fadigas. Que a Páscoa, que se aproxima, da paixão, morte e ressurreição de Jesus
Cristo, seja para todos sinal de esperança e fonte de caridade”- afirmam os bispos
italianos