BISPO IRAQUIANO ALERTA NOVAMENTE PARA A EXTINÇÃO DOS CRISTÃOS NO PAÍS
Munique, 03 abr (RV) - Mais uma vez, o arcebispo caldeu de Kirkuk, Dom Louis
Sako, denuncia o risco de desaparecimento dos cristãos no Iraque. Convidado pela Obra
de direito pontifício Ajuda à Igreja que Sofre (AIS), pela Christian Solidarity International
e Pro Oriente a participar de uma coletiva de imprensa, o arcebispo colheu a ocasião
e disse que nos últimos cinco anos morreram 750 cristãos e outros 200 mil fugiram
do país.
Muitos encontraram acolhimento na Síria, Jordânia, Líbano e Turquia,
enquanto algumas famílias se transferiram para pequenas cidades do norte do Iraque,
onde começam uma nova vida e buscam trabalho.
Segundo Dom Louis, há grande
preocupação entre os cristãos do Iraque após o anúncio da retirada das tropas do país,
porque atualmente, o maior problema é a insegurança e o exército e a polícia iraquiana
ainda não são suficientemente fortes. “Sob o regime de Saddam, tínhamos segurança
e não liberdade; hoje temos liberdade, mas o problema é a segurança”, comentou. Para
ele, "é uma vergonha" que não sejam respeitados os direitos humanos dos cristãos,
pois eles também são cidadãos iraquianos, e estão no país há 2 mil anos. "Sua expulsão
significaria peder uma parte da cultura e da história do Iraque" - observou.
O
arcebispo explicou que muitos iraquianos identificam os cristãos com as tropas norte-americanas
que ocuparam o país para combater o islamismo, e isso acarreta problemas para a comunidade,
que pede a solidariedade da comunidade internacional. (CM)