2009-04-02 12:35:21

O empenho evangelizador brota do amor à Palavra de Deus, à Igreja e ao mundo. Bento XVI a um grupo de Bispos argentinos em visita “ ad limina Apostolorum”


(2/4/2009) Foi sobretudo um apelo à tão necessária acção evangelizadora – uma “nova evangelização” - o convite que o Santo Padre dirigiu a mais um grupo de bispos argentinos, recebidos no Vaticano na conclusão da respectiva visita “ad limina Apostolorum”.

“Como em muitas outras partes do mundo (observou o Papa), também na Argentina sentis a urgência de levar a cabo uma extensa e incisiva acção evangelizadora que, tendo em conta os valores cristãos que configuraram a história e a cultura do vosso País, leve a um renascimento espiritual das vossas comunidades e de toda a sociedade”.
A este propósito Bento XVI citou a Exortação apostólica de Paulo VI, “Evangelii nuntiandi”:

Evangelizar é, antes de mais, dar testemunho, de uma maneira simples e directa, de Deus revelado por Jesus Cristo mediante o Espírito Santo. Testemunhar que amou o mundo no seu Filho. Portanto, (evangelizar) não consiste apenas em transmitir ou ensinar uma doutrina, mas sim em anunciar Cristo, o mistério da sua Pessoa e do seu amor, porque estamos verdadeiramente convencidos de que não há nada mais belo do que termos sido alcançados, surpreendidos, pelo Evangelho, por Cristo. Nada mais belo do que conhecê-Lo e comunicar aos outros a amizade com Ele”.

Aliás, observou ainda o Papa, “este anúncio nítido e explícito de Cristo como Salvador dos homens, insere-se numa busca apaixonante da verdade, da beleza e do bem que caracteriza o ser humano”. E se, como recorda o Concílio Vaticano II, “a verdade não se impõe senão pela força da própria verdade” (Dignitatis humanae), “o anúncio e o testemunho do Evangelho são o primeiro serviço que os cristãos podem prestar a cada pessoa e a todo o género humano”.

“Todo o empenho evangelizador brota de um triplo amor: à Palavra de Deus, à Igreja e ao mundo. Já que através da Sagrada Escritura Cristo se nos dá a conhecer na sua Pessoa, na sua vida e na sua doutrina, a tarefa prioritária da Igreja, no início deste novo milénio, consiste antes de mais em alimentar-se da Palavra de Deus, para tornar eficaz o compromisso da nova evangelização, do anúncio no nosso tempo”.

E “dado que a Palavra de Deus não se pode compreender separada e à margem da Igreja, é necessário fomentar o espírito de comunhão e de fidelidade ao Magistério” – advertiu o Papa – e isso “especialmente nos que têm a missão de transmitir íntegra a mensagem do Evangelho”.

“O evangelizador há-de ser pois um filho fiel da Igreja, sendo ao mesmo tempo cheio de amor aos homens para lhes oferecer a grande esperança que levamos na nossa alma”.

Bento XVI concluiu a sua alocução a este grupo de Bispos argentinos com uma exortação ao testemunho pessoal de vida – a santidade de vida, e um convite a dedicarem “uma atenção especial” aos presbíteros, seus mais directos colaboradores.









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