COMISSÃO VATICANA PREOCUPADA COM A FALTA DE LIBERDADE NA CHINA
Cidade do Vaticano, 02 abr (RV) - Concluiu-se ontem, 1° de abril, a segunda
reunião da Comissão instituída por Bento XVI em 2007 para estudar as questões relativas
à vida da Igreja na China.
Em três dias de encontro, segundo comunicado da
Sala de Imprensa da Santa Sé, a Comissão aprofundou o tema da formação dos seminaristas
e das pessoas consagradas e a formação permanente dos sacerdotes.
Em união
com os bispos chineses, de acordo com a nota, se buscará promover uma formação humana,
intelectual, espiritual e pastoral mais adequada do clero e das pessoas consagradas,
que "têm a importante tarefa de agir como fiéis discípulos de Cristo e como membros
da Igreja e de contribuir ao bem do país como exemplares cidadãos".
Os participantes
ressaltaram as problemáticas complexas da atual situação eclesial na China, que derivam
não somente das dificuldades dentro da Igreja, mas também das difíceis relações com
as autoridades civis. Comentou-se também a notícia da detenção do bispo da diocese
de Zhengding, Dom Julius Jia Zhiguo.
"Situações deste gênero – lê-se na nota
– criam obstáculos ao clima de diálogo com as autoridades competentes, tão auspiciado
por Bento XVI na carta dirigida em 2007 aos católicos na China. Não se trata, portanto,
de um caso isolado: outros eclesiásticos são privados da liberdade ou são submetidos
a indevidas pressões e limitações em suas atividades pastorais."
A reunião
concluiu-se com um encontro com o Santo Padre, que, como sucessor de Pedro, destacou
a importância de ajudar os católicos na China para que conheçam a beleza e a racionalidade
da fé cristã, que deve ser apresentada como a proposta que oferece as melhores respostas
do ponto de vista intelectual e existencial.
Além disso, o papa agradeceu
aos presentes por seu empenho no campo da formação e os encorajou a continuar seu
serviço pelo bem da Igreja na China. (BF)