Governo de Israel tomou posse: preocupação dos aliados ocidentais
(1/4/2009) Quase dois meses depois das legislativas, esta terça feira Benjamin Netanyahu
tomou posse como novo primeiro-ministro de Israel. O seu governo é o maior da história
do país e também um dos que mais preocupa os seus aliados ocidentais. Antes de tomar
posse, o líder do Likud disse acreditar que será possível chegar a um acordo de paz
“definitivo”, mas não se comprometeu com a criação de um Estado palestiniano.
As
cedências feitas por Netanyahu aos parceiros de coligação, a fim de garantir uma maioria
no Knesset, transformaram o 32º Executivo israelita numa estrutura pesada, que conta
com 30 ministros e oito vice-ministros, muitos deles sem pasta atribuída. Internamente,
são muitos os que duvidam da capacidade de gestão do heterogéneo governo, cuja inédita
dimensão obrigou mesmo a colocar mais uma mesa na sala do Conselho de Ministros.
Mas
a desconfiança é ainda maior a nível internacional, face à recusa de Netanyahu (e
dos seus aliados de direita) em aceitar o princípio da troca de terras pela paz, previsto
pelos acordos existentes e por todas as iniciativas de paz.
A presidência checa
da União Europeia confessou não estar contente “com algumas iniciativas do Governo
israelita” — como a construção de novos colonatos em redor de Jerusalém ou o bloqueio
a Gaza — e considerou improvável a realização da cimeira UE-Israel até ao final do
semestre.