SACERDOTES E BISPOS CALDEUS DO IRAQUE SOLICITAM VISITAS ÀS COMUNIDADES CRISTÃS DO
PAÍS
Bagdá, 31 mar (RV) - Há tempos se tem dito que a presença dos cristãos no Iraque
está ameaçada, pois boa parte deles já deixou o País do Golfo desde o início da invasão
anglo-americana, em março de 2003, refugiando-se nos países vizinhos. Muitos se encontram
hoje refugiados na Jordânia.
Diante dessa realidade, os sacerdotes e bispos
iraquianos fizeram um apelo a seus coirmãos norte-americanos, a fim de que visitem
o Iraque para ver de perto as condições em que vive a comunidade local.
No
texto, os sacerdotes e bispos afirmam: "Nós cristãos corremos seriamente o risco de
desaparecer por causa da emigração. Os nossos amigos e as nossas famílias tiveram
boas razões para partir".
Em seu apelo, eles indicam algumas dessas razões:
foram deslocados em conseqüência da guerra. Foram seqüestrados e mortos, suas casas
foram saqueadas e confiscadas, não têm trabalho nem futuro. Os que não partiram sobrevivem,
mas não é o suficiente.
Os sacerdotes e bispos afirmam ter projetos para o
trabalho, a escola e a educação, mas precisam de ajudas financeiras. "Precisamos imediatamente
de ajuda" - ressaltam.
Os cristãos que ainda permanecem no Iraque são cerca
de 500 mil. Quase todos eles fugiram para o norte do país, por causa da guerra. "Aqui
estamos mais seguros, mas não o suficiente, e a nossa segurança não nos será assegurada
pelas eleições ou pela nossa representatividade no governo, porque não a temos" –
destacam.
"O nosso papel deriva do serviço que prestamos nos campos da saúde
e da educação. A nossa futura segurança está na educação. Estamos prontos para trabalhar.
Queremos permanecer aqui" – conclui o apelo assinado, entre outros, pelo arcebispo
caldeu de Kirkuk, Dom Louis Sako. (RL)