REUNIÃO NO VATICANO SOBRE A VIDA DA IGREJA NA CHINA
Cidade do Vaticano, 31 mar (RV) - A Comissão, constituída por Bento XVI para
estudar a vida da Igreja Católica na China, reúne-se por dois dias, a partir de hoje,
no Vaticano.
A Comissão, constituída em 2007, é composta pelos superiores
dos organismos da Cúria Romana, encarregados pelas relações com a China e alguns representantes
do Episcopado chinês e de congregações religiosas.
Segundo um comunicado da
Sala de Imprensa da Santa Sé, serão examinados alguns aspectos da vida da Igreja na
China à luz da Carta que Bento XVI enviou a todos os católicos chineses em 27 de maio
de 2007.
A primeira reunião deu-se em março de 2008 e se centrou exclusivamente
sobre a Carta do Papa. Durante os trabalhos foram analisados o acolhimento dado à
Carta, tanto na China como em nível internacional, e os princípios teológicos, em
vista das perspectivas da comunidade católica na China, a partir do documento do papa.
O Vaticano espera que a China respeite a liberdade de culto e de religião
no país, cuja ausência afeta mais de 8 milhões de católicos que vivem a sua fé na
clandestinidade.
Para o restabelecimento de relações diplomáticas, a China
exige que o Vaticano deixe de reconhecer Taiwan como país independente e que aceite
também a nomeação dos bispos chineses por parte da Associação Patriótica Católica
(APC), controlada pelo Estado.
Embora o Partido Comunista Chinês se declare
oficialmente ateu, a Constituição chinesa permite a existência de cinco Igrejas oficiais
(Associações Patrióticas), entre as quais a Católica, com 5,2 milhões de fiéis. Segundo
fontes do Vaticano, a Igreja Católica "clandestina", ligada ao Papa e fora do controlo
de Pequim, conta mais de 8 milhões de fiéis. (MT)